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RIO
Local foi visitado por 60 mil pessoas no último domingo
Coliformes fecais poderão limitar o acesso ao piscinão de Ramos
ROSAYNE MACEDO
FREE-LANCE PARA A FOLHA
O governo estadual já admite limitar o número de pessoas no
piscinão de Ramos (zona norte)
para tentar evitar o aumento do
número de coliformes fecais na
água. A possibilidade foi anunciada ontem pelo secretário de Meio
Ambiente, André Correia, após
tomar banho no lago artificial.
"O eventual limite dentro do
parque será a primeira coisa que
vamos fazer se acharmos que é
necessário. Vamos começar pedindo para vocês [jornalistas" não
divulgarem tanto [o piscinão"."
Segundo ele, o projeto inicial
previa um máximo de 15 mil a 20
mil pessoas no piscinão. No domingo, estiveram no local cerca
de 30 mil em horário de pico e 60
mil durante todo o dia.
A decisão de limitar o acesso de
banhistas dependerá do resultado
das medições de coliformes fecais
que serão feitas até segunda-feira.
No dia 7, o índice foi de 400 coliformes fecais por 100 ml.
O índice está abaixo do limite
do Conama (Conselho Nacional
de Meio Ambiente) para balneabilidade de praias e rios, que é de
mil coliformes por 100 ml, mas
acima do indicado para piscinas,
que é de nenhum coliforme.
Para assegurar a qualidade da
água, a secretaria decidiu anteontem aumentar, de 2 ml por litro
para 10 ml por litro, a quantidade
de cloro lançada por dia no lago.
O oceanógrafo David Zee criticou a adição de cloro sem exames
laboratoriais anteriores. "É preciso ter cuidado em adicionar mais
ou menos cloro", afirmou.
Correia afirmou que a Feema
(Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente) faz quatro
medições pela manhã, em pontos
diferentes do lago. Segundo ele, o
índice só pode ser considerado
alarmante se quatro em cinco medições acusarem mais de mil coliformes fecais por 100 ml.
A secretaria decidirá na segunda-feira se vai esvaziar o piscinão
por uma semana, a partir do dia
21, três meses antes do previsto.
Correia disse que no domingo
fará um teste no piscinão, colocando um trio elétrico com mensagens educativas e orientando as
pessoas a não defecarem na água.
Afogamento
Jennifer Inocêncio, 5, morreu
ontem após se afogar no piscinão.
A menina foi socorrida por bombeiros, mas já chegou morta ao
Hospital Souza Aguiar (centro).
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