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POLÍCIA
Motoboy fica de cueca na porta do banco e é preso
DA REPORTAGEM LOCAL
O motoboy Antonio Coghetto
Andozia, 26, ficou de cueca ontem pela manhã na porta giratória
da agência da Caixa Econômica
Federal da rua Brigadeiro Luís
Antônio (região central de SP),
após três tentativas de entrar no
banco, e foi detido pela polícia.
Na primeira vez em que tentou
entrar para fazer o pagamento de
uma conta, a porta giratória travou. A vigilante do banco disse a
ele que, caso estivesse com algum
objeto de metal, que o colocasse
em uma caixa ao lado da porta. O
motoboy retirou o telefone celular e um chaveiro.
Ao tentar entrar no banco por
mais duas vezes, a porta giratória
travou nas outras duas ocasiões
também. Constrangido com a situação a que estava exposto, ele
chamou a polícia.
Enquanto os policiais conversavam com funcionários do banco,
o motoboy, para mostrar que não
carregava nada com ele, começou
a tirar a roupa. Apesar de o policial ter ordenado que ele não a tirasse, Andozia ficou de cueca.
Ele foi detido pelos policiais e
conduzido ao 5º Distrito Policial,
onde foi feito um boletim de ocorrência por ato obsceno e desobediência. No depoimento à polícia,
a vigilante do banco disse que foi
ofendida pelo motoboy.
Andozia disse que não se arrepende do que fez. "Nunca fui tão
humilhado. Passei mais vergonha
por ter ficado preso na porta do
que por ter tirado a roupa."
A pena por prática de ato obsceno varia de três meses a um ano
de detenção e, por desobediência,
de 15 dias a seis meses.
Como as punições aplicáveis
são menores do que dois anos,
elas podem ser substituídas por
uma pena alternativa, por exemplo, serviços à comunidade.
O delegado do 5º Distrito Policial, Paulo Roberto de Oliveira,
40, disse que o caso será encaminhado hoje ao Juizado Especial
Criminal. "Provavelmente ele terá
de prestar algum serviço à sociedade ou receberá alguma pena
pecuniária [pagar multa]."
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