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Carnaval terá esquema dos "últimos anos"
da Reportagem Local
O cúpula da segurança pública
de São Paulo considerou o número
de mortes ocorrido no último final
de semana na capital -80, recorde
absoluto desde 96- atípico e preferiu não anunciar medidas antiviolência novas para o Carnaval.
"O que houve nesse fim-de-semana foi uma circunstância excepcional, atípica. Houve alguns crimes de difícil prevenção, como os
domésticos", disse o secretário da
Segurança Pública, Marco Vinicio
Petrelluzzi, ontem durante a posse
do novo delegado-geral da Polícia
Civil, Marco Antônio Desgualdo.
"É um número que nos entristece, porque mostra que houve um
aumento importante dos homicídios, mas que só nos redobra o ânimo de trabalhar para reduzi-lo".
O secretário não considerou necessário, em razão da explosão de
homicídios no último final de semana, mudar o esquema de segurança que já havia sido traçado para o Carnaval.
"Esses planos (do Carnaval) já
existiam, e nós vamos seguir na
mesma linha que já vinha sendo
programada. Eu estou com esperança de que vamos ter um Carnaval mais tranquilo do que esse fim-de-semana", disse Petrelluzzi.
O delegado-geral Desgualdo disse que o último final de semana foi
"atípico, em razão de muitos crimes sexuais e de brigas em família". "Esse são tipos de homicídios
difíceis de prevenir."
"O plano, por enquanto, é trabalho. É redobrar os cuidados no policiamento e a ação do efetivo. Ainda não tenho completo o efetivo do
Carnaval", disse o novo comandante da PM Rui Cesar Melo.
O coronel afirmou que as Polícias Militar e Civil vão trabalhar
"integradamente".
"Vamos redobrar nossos esforços, já a partir do Carnaval, para
reverter esse quadro (alta da violência). Vamos aumentar o efetivo
e incentivar a busca de armas e a
abordagem de pessoas."
O delegado-geral também disse
que a Polícia Civil irá intensificar o
controle de armas na rua.
"Iremos continuar a busca de armas e vamos aumentar o combate
ao uso das drogas, principalmente
o microtráfico", afirmou Marco
Antônio Desgualdo.
Sobre a segurança no Carnaval, o
delegado-geral disse que será a "a
mesma dos outros anos".
(AL)
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