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Crack migra da região central
do Conselho Editorial
Quando se analisa o tipo de consumo de droga em cada região de
São Paulo, se vê ainda com mais nitidez a nova geografia do crack -e
como é rápido esse movimento.
De acordo com os dados do SOS
Criança, comparando os períodos
maio de 1997 até março de 1998
com abril de 1998 até fevereiro deste ano, a queda do consumo de
crack na região central foi absorvida pelas zonas oeste, sul e norte.
Nas crianças viciadas na região
oeste, por exemplo, o consumo de
crack pulou, em um ano, de 4,30%
para 13,64%.
Na região norte da cidade, o consumo da droga saiu do inexpressivo 1% para 9%; o consumo da cocaína, praticamente inexistente,
saltou para 14,29%.
De acordo com os gráficos, em
todas as regiões houve crescimento do consumo de maconha, solvente e cocaína, embora em proporções diferenciadas.
"Está disseminado, sabemos
que, se reprimimos num lugar, vai
para outro", diz o delegado Marco
Antônio Martins, do Denarc.
A nova geografia da droga é decisiva para auxiliar as autoridades a
pensar uma política pública.
O secretário da Segurança de São
Paulo, Marco Vinicio Petrelluzzi,
monta um plano para abordar a
cracolândia com uma combinação
de políticas públicas. "Sabemos
que só polícia é insuficiente", diz.
Ele quer juntar departamentos
que cuidam do hotel irregular que
hospeda traficantes à iluminação
das ruas, passando por escolas e
organismos não-governamentais.
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