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OEA instaura 75º processo contra o governo brasileiro
DA REPORTAGEM LOCAL
A Organização dos Estados
Americanos (OEA) abriu ontem o 75º processo da história
contra o governo brasileiro. O
tema é a apuração de responsabilidades sobre a explosão de
uma fábrica de fogos de artifício em Santo Antônio de Jesus,
na Bahia, ocorrido em 1998. Na
ocasião, 64 pessoas morreram.
A ação é baseada em informações dadas por ONGs (Organizações Não Governamentais) e pelas comissões de Direitos Humanos da Assembléia
Legislativa da Bahia e da Câmara dos Deputados.
Havia material proibido por
lei e ausência de condições de
segurança para os funcionários, segundo as informações
encaminhadas à OEA. O texto
diz, também, que a fábrica funcionava clandestinamente.
O processo foi aberto pela
Comissão Interamericana de
Direitos Humanos da OEA. Segundo a entidade, houve falha
do governo brasileiro na fiscalização da atividade de produção
de fogos de artifício no local.
Houve, ainda segundo a comissão, falha na tentativa de
impedir transgressões da lei
trabalhista, pois haveriam mulheres sem carteiras de trabalho
assinadas e crianças em atividade no fabrico de explosivos.
A Folha apurou que o governo brasileiro vai propor um
acordo à OEA sobre os processos contra o país. Na segunda-feira, dia 13 de maio, será proposta uma solução amistosa de
quase todas as ações.
A idéia é que o governo reconheça a responsabilidade sobre
alguns casos e estabeleça um
cronograma de resolução para
os problemas relacionados.
A assessoria do secretário nacional de Direitos Humanos
não retornou as ligações da Folha ontem à tarde.
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