São Paulo, terça-feira, 11 de junho de 2002

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Ceará aluga vagas em hospitais particulares

DA AGÊNCIA FOLHA, EM FORTALEZA

Três mulheres com partos prematuros já foram encaminhadas a hospitais particulares de Fortaleza pelo governo do Estado por causa da superlotação dos hospitais públicos.
A providência foi tomada depois que 11 recém-nascidos morreram, nos últimos dez dias, na UTI da Maternidade-Escola Assis Chateaubriand, administrada pela UFC (Universidade Federal do Ceará).
Todos esses bebês estavam internados em uma sala superlotada, com capacidade para dez leitos, em que estavam internados 15 recém-nascidos.
Ainda estão nessa UTI, que foi parcialmente interditada, cinco bebês -a quinta criança foi internada depois do início do surto de infecção que matou os 11 recém-nascidos. A última morte aconteceu no sábado.
Desde a última quinta-feira, a maternidade não recebe mais grávidas com partos prematuros. Elas são transferidas para o Hospital César Cals, do governo estadual. Como esse hospital também está com sua capacidade de atendimento esgotada, as parturientes têm de ser encaminhadas para hospitais particulares, pagos pelo governo do Estado como medida emergencial.
Apenas os partos de tempo normal são recebidos na emergência da Maternidade-Escola.
O Ministério Público, por meio da Promotoria de Saúde Pública, já instaurou inquérito civil para apurar as responsabilidades pelas mortes.
"Serão feitas diligências e inspeções na sala da UTI para, posteriormente, ser possível definir os responsáveis pelas mortes", disse a promotora Isabel Couto.



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