|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Ceará aluga vagas em hospitais particulares
DA AGÊNCIA FOLHA, EM FORTALEZA
Três mulheres com partos prematuros já foram encaminhadas
a hospitais particulares de Fortaleza pelo governo do Estado por
causa da superlotação dos hospitais públicos.
A providência foi tomada depois que 11 recém-nascidos morreram, nos últimos dez dias, na
UTI da Maternidade-Escola Assis
Chateaubriand, administrada pela UFC (Universidade Federal do
Ceará).
Todos esses bebês estavam internados em uma sala superlotada, com capacidade para dez leitos, em que estavam internados 15
recém-nascidos.
Ainda estão nessa UTI, que foi
parcialmente interditada, cinco
bebês -a quinta criança foi internada depois do início do surto de
infecção que matou os 11 recém-nascidos. A última morte aconteceu no sábado.
Desde a última quinta-feira, a
maternidade não recebe mais grávidas com partos prematuros.
Elas são transferidas para o Hospital César Cals, do governo estadual. Como esse hospital também
está com sua capacidade de atendimento esgotada, as parturientes
têm de ser encaminhadas para
hospitais particulares, pagos pelo
governo do Estado como medida
emergencial.
Apenas os partos de tempo normal são recebidos na emergência
da Maternidade-Escola.
O Ministério Público, por meio
da Promotoria de Saúde Pública,
já instaurou inquérito civil para
apurar as responsabilidades pelas
mortes.
"Serão feitas diligências e inspeções na sala da UTI para, posteriormente, ser possível definir os responsáveis pelas mortes", disse a promotora Isabel Couto.
Texto Anterior: Saúde: Sem pessoal, hospital em SP desativa leitos Próximo Texto: Administração: Prefeitura não consegue desocupar viadutos Índice
|