São Paulo, terça-feira, 11 de junho de 2002

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Assassinato é visto como "ato de terror"

DA SUCURSAL DO RIO

Em todo o país, houve manifestações em solidariedade à família do jornalista Tim Lopes. Em nota, o arcebispo do Rio, D. Eusébio Scheid, disse sentir-se "profundamente consternado e entristecido" por causa do assassinato do repórter.
O prefeito do Rio, Cesar Maia (PFL), classificou o crime como "um ato de terror para intimidar os meios de comunicação".
O governador de Minas Gerais, Itamar Franco (PMDB), afirmou ter "irrestrita confiança de que o governo do Rio de Janeiro, e sua governadora, Benedita da Silva [PT], tudo farão para trazer à luz os fatos que o jornalista tão diligentemente apurava e punir com os rigores da lei os responsáveis".
A Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas) divulgou nota em que compara a atividade jornalística a uma cobertura de guerra.
"É a primeira vez que um colega de profissão é sequestrado e morto pelo crime organizado. Regras básicas do Estado democrático, como o direito de ir e vir, já são ameaçadas", diz a nota.
O presidente do Senado, Ramez Tebet (PMDB-MS), disse que a morte do repórter da Rede Globo será um ""marco" no combate ao crime organizado. ""O crime organizado está nos vencendo. Essa barbaridade exige uma reação, por meio de mobilização de todas as instituições."
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou mensagem lamentando o clima de violência que ameaça a população do país.
"A CNBB se solidariza com os familiares de Tim Lopes, com a classe jornalística em sua indignação e pede, às autoridades competentes, apuração do fato e justiça para os culpados, pois a impunidade favorece o crescimento da violência. reivindicamos também mais segurança para os profissionais da comunicação e a toda a população", diz o texto, assinado pelo secretário-geral da entidade, dom Raymundo Damasceno.
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro, a CUT (Central Única dos Trabalhadores), a Polícia Militar de Minas Gerais e o Instituto São Paulo contra a Violência, entre outras entidades, também divulgaram notas lamentando a morte do jornalista.



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