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Assassinato é visto como "ato de terror"
DA SUCURSAL DO RIO
Em todo o país, houve manifestações em solidariedade à família do jornalista Tim Lopes. Em nota, o arcebispo do Rio, D. Eusébio Scheid, disse sentir-se "profundamente consternado e entristecido" por causa do assassinato do
repórter.
O prefeito do Rio, Cesar Maia (PFL), classificou o crime como "um ato de terror para intimidar os meios de comunicação".
O governador de Minas Gerais, Itamar Franco (PMDB), afirmou ter "irrestrita confiança de que o governo do Rio de Janeiro, e sua governadora, Benedita da Silva [PT], tudo farão para trazer à luz os fatos que o jornalista tão diligentemente apurava e punir com os rigores da lei os responsáveis".
A Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas) divulgou nota em
que compara a atividade jornalística a uma cobertura de guerra.
"É a primeira vez que um colega de profissão é sequestrado e morto pelo crime organizado. Regras básicas do Estado democrático, como o direito de ir e vir, já são ameaçadas", diz a nota.
O presidente do Senado, Ramez Tebet (PMDB-MS), disse que a morte do repórter da Rede Globo será um ""marco" no combate ao crime organizado. ""O crime organizado está nos vencendo. Essa barbaridade exige uma reação, por meio de mobilização de todas as instituições."
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou mensagem lamentando o clima de violência que ameaça a população do país.
"A CNBB se solidariza com os familiares de Tim Lopes, com a classe jornalística em sua indignação e pede, às autoridades competentes, apuração do fato e justiça
para os culpados, pois a impunidade favorece o crescimento da
violência. reivindicamos também
mais segurança para os profissionais da comunicação e a toda a
população", diz o texto, assinado
pelo secretário-geral da entidade,
dom Raymundo Damasceno.
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de
Janeiro, a CUT (Central Única dos
Trabalhadores), a Polícia Militar
de Minas Gerais e o Instituto São
Paulo contra a Violência, entre
outras entidades, também divulgaram notas lamentando a morte
do jornalista.
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