São Paulo, quarta-feira, 11 de junho de 2008

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Ampliação do exame elevou índice de diagnósticos de câncer em outras cidades

DA REPORTAGEM LOCAL

Programas regionais de saúde da mulher conseguiram aumentar o índice de diagnóstico precoce do câncer de mama a partir da oferta da mamografia a partir dos 40 anos.
Em Porto Alegre (RS), um programa social mantido pelo hospital Moinhos de Vento, em parceria com a secretaria da saúde, acompanha há quatro anos 10 mil mulheres, oferecendo a elas mamografias a partir dos 40 anos.
Segundo a médica Maira Calefi, coordenadora do projeto, 84% dos tumores são diagnosticados no estágio inicial.
No Hospital do Câncer de Barretos (423 km de SP), das 11.815 mulheres entre 40 e 49 anos de idade que fizeram mamografia, a prevalência foi de 3,66 casos de câncer a cada mil mulheres. Dos 50 aos 59 anos, a taxa foi de 4,56 casos e, entre 60 e 69 anos, de 9,22 casos.
Nesse grupo de mulheres, 57% dos cânceres foram diagnosticados na fase inicial -quando as chances de cura são de quase 100%-, e 10%, em fase metastática. Em outras regiões paulistas, a taxa de cânceres iniciais é, em média, de 29%, e com metástase, de 31%.
A dona-de-casa Maria Aparecida Pereira Scapellini, 52, teve o câncer diagnosticado aos 48 anos, no programa de Barretos. "Não sentia nada no toque. Resolvi fazer a mamografia por fazer. Deu alteração, fiz a biopsia e o câncer foi diagnosticado. Ainda bem que era inicial. Fiz a cirurgia e hoje estou ótima."
"Não tenho dúvida de que a mamografia a partir dos 40 anos seja a melhor forma de detectar o câncer mais cedo e proporcionar maior chance de cura a essas mulheres", reforça Edmundo Carvalho Mauad, diretor técnico do Hospital do Câncer de Barretos. (CC)


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