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Ampliação do exame elevou índice de diagnósticos de câncer em outras cidades
DA REPORTAGEM LOCAL
Programas regionais de saúde da mulher conseguiram aumentar o índice de diagnóstico
precoce do câncer de mama a
partir da oferta da mamografia
a partir dos 40 anos.
Em Porto Alegre (RS), um
programa social mantido pelo
hospital Moinhos de Vento, em
parceria com a secretaria da
saúde, acompanha há quatro
anos 10 mil mulheres, oferecendo a elas mamografias a
partir dos 40 anos.
Segundo a médica Maira Calefi, coordenadora do projeto,
84% dos tumores são diagnosticados no estágio inicial.
No Hospital do Câncer de
Barretos (423 km de SP), das
11.815 mulheres entre 40 e 49
anos de idade que fizeram mamografia, a prevalência foi de
3,66 casos de câncer a cada mil
mulheres. Dos 50 aos 59 anos, a
taxa foi de 4,56 casos e, entre 60
e 69 anos, de 9,22 casos.
Nesse grupo de mulheres,
57% dos cânceres foram diagnosticados na fase inicial
-quando as chances de cura
são de quase 100%-, e 10%, em
fase metastática. Em outras regiões paulistas, a taxa de cânceres iniciais é, em média, de
29%, e com metástase, de 31%.
A dona-de-casa Maria Aparecida Pereira Scapellini, 52, teve
o câncer diagnosticado aos 48
anos, no programa de Barretos.
"Não sentia nada no toque. Resolvi fazer a mamografia por fazer. Deu alteração, fiz a biopsia
e o câncer foi diagnosticado.
Ainda bem que era inicial. Fiz a
cirurgia e hoje estou ótima."
"Não tenho dúvida de que a
mamografia a partir dos 40
anos seja a melhor forma de detectar o câncer mais cedo e proporcionar maior chance de cura a essas mulheres", reforça
Edmundo Carvalho Mauad, diretor técnico do Hospital do
Câncer de Barretos.
(CC)
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