São Paulo, quinta, 11 de junho de 1998

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Transporte depende de rio

da enviada especial

O arquipélago de Bailique é uma das regiões mais isoladas do Amapá. Sem linha de transporte regular -por terra, água ou ar- que ligue a região a outras, seus cerca de 7.000 habitantes dependem das marés do rio Amazonas para chegar às ilhas ou sair delas.
"Tudo o que chega aqui vem de barco. Se o rio deixa, a gente segue em frente, se a maré baixa a gente pára e espera", diz Elton Barbosa Vilhena, dono do único armazém na Vila Macedônia, uma das 36 comunidades do Bailique.
Todas as semanas seu pai, que vive e tem comércio em Macapá, envia um lote de mercadorias rio abaixo para abastecer o armazém do filho. "Já fiquei com carregamento parado mais de um dia por causa da maré."
Como o transporte é complicado, quem vive no Bailique normalmente nasceu e sempre viveu no local. "Criei meus 11 filhos aqui. Há dois anos comecei a trabalhar como servente na escola. Antes, vivia de fazer carvão e do açaí", conta Ilma Camões de Souza, que não se lembra da idade e diz achar que ganha cerca de R$ 200 mensais. (MAv)



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