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Proposta visa
fixar população
da enviada especial
Fixar o homem na região e potencializar os recursos que ela oferece é a proposta de fundo do projeto das escolas bosque no Amapá.
"Queremos que a escola se torne um pólo do desenvolvimento
da região", diz o governador João
Alberto Capiberibe (PSB).
Isso será possível por meio da
"agregação de recursos aos produtos da região", segundo o governador. Ele cita como exemplo a
própria escola. "Como a escola
vai formar técnicos em ecoturismo, vamos construir uma pousada anexa a ela para que os alunos
possam praticar."
A pousada faz parte do projeto
de transformar a região do Bailique em um pólo de ecoturismo, o
que será viabilizado pela construção de uma pista de pouso no local
até o final do ano. Assim, o morador da região permanece nela, já
que encontra meios para sobreviver melhor.
Para a arquiteta e uma das idealizadoras do projeto, Dula Klautau,
um dos desafios da escola bosque
é mostrar às populações da região
a importância do conhecimento.
"Na Amazônia existe a idéia de
que o conhecimento não serve para nada. Queremos mostrar, por
exemplo, que é possível plantar
sem perder tudo, como acredita o
ribeirinho. O alvo é melhorar a
qualidade de vida das famílias,
usando o aluno como propagador
de novas idéias", diz Dula.
Isso se aplica tanto à agricultura
quanto à preservação do meio ambiente, ao tratamento de esgoto,
práticas muitas vezes desconhecidas pelos ribeirinhos que vivem às
margens do Amazonas."
Atividades atuais
A extração do açaí é, ao lado da
pesca e outras atividades extrativistas, a principal fonte de renda
dos moradores da região, que vivem em palafitas para evitar que
suas casas sejam invadidas pelas
águas nas cheias do rio.
Água encanada ou tratada é algo
que ainda não existe para grande
parte da população do Bailique. Já
a energia elétrica é garantida pelos
geradores, que funcionam em média quatro horas por dia, sempre
das 18h às 22h.
Nesse período, os habitantes do
arquipélago passam o tempo assistindo televisão e ouvindo a rádio comunitária.
(MAv)
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