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Polícia lança
bomba em
escola de SP
da Reportagem Local
Uma manifestação de cerca de
300 alunos na escola estadual Professor Nilton do Espírito Santo
Ayres, na periferia de Osasco
(Grande São Paulo), acabou anteontem à noite com a intervenção
da polícia, que lançou bomba de
gás lacrimogêneo, e com vários
alunos no pronto-socorro.
O Conselho Estadual de Defesa
dos Direitos da Pessoa Humana
(Condep) acusa a PM de Osasco de
ter agredido os estudantes. Segundo o conselho, 55 alunos teriam
ido para o pronto-socorro, alguns
com ferimentos graves.
A PM nega as acusações e afirma
que 25 pessoas tiveram de ser
atendidas com ferimentos leves.
Segundo a PM, o único ferido
mais grave teria sido um soldado,
que teria recebido quatro pontos
na cabeça depois de ter sido atingido por uma cadeira.
"As denúncias são muito graves. Nós ainda estamos investigando para saber exatamente o
que aconteceu", afirmou o ouvidor da polícia de São Paulo, Benedito Domingos Mariano.
O tenente-coronel Ademir Crivelaro, comandante do 14º Batalhão da PM, disse que a polícia já
havia sido avisada pela vice-diretora da escola sobre a possibilidade de tumulto. Com a manifestação, que começou às 20h, a vice-diretora teria chamado a PM.
O protesto ocorreu um dia após
a eleição para o grêmio estudantil.
Os manifestantes estariam exigindo melhorias na infra-estrutura da
escola, como a construção de uma
quadra de esportes.
O tenente-coronel Crivelaro
afirma que, inicialmente, foram à
escola dois policiais numa viatura.
Foram vaiados e xingados e decidiram chamar reforço.
Mais uma viatura, com seis policiais, teria sido enviada para tentar
conter a confusão. O tumulto generalizado teria começado depois
da chegada desses policiais, que
tentaram conter os alunos detendo um deles, que seria um dos responsáveis pelo conflito.
Crivelaro afirma que os policiais
eram poucos para conter os cerca
de 300 alunos. Por isso resolveram
lançar uma bomba de gás lacrimogêneo para dispersá-los.
"Os policiais apanharam e possivelmente bateram, mas para se
defender, já que foram agredidos." O Condep sustenta que alunos teriam sido espancados.
Com o fim do tumulto, cinco
adolescentes com idade entre 16 e
17 anos foram detidos, e o caso será encaminhado à Vara da Infância e Juventude de Osasco.
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