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OUTRO LADO
Empresa diz que é regular; outras não são achadas
DA SUCURSAL DO RIO
Durante a semana passada, a
Folha tentou entrar em contato
com as quatro fábricas que, segundo a Anvisa, não possuem
cadastro de marcas no órgão e
com a indústria Cabofriense,
que fabrica os cigarros Sussex,
como os que foram apreendidos na Delegacia de Repressão
aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial do Rio.
O advogado da Cibrasa, Alexandre Mainente, afirma que a
empresa solicitou em 5 de junho deste ano o cadastro na
Anvisa. Ele diz que pagou a
guia de recolhimento referente
ao pedido em 30 de maio.
"O processo de cadastramento é complicado. Estou tentando averiguar se houve problema na transmissão de dados da
Anvisa em Brasília para a vigilância do Rio. Procurei a agência para saber por que o nome
da empresa não consta da lista
de pedidos de cadastro e estou
aguardando a resposta."
Segundo a Anvisa, a partir do
momento em que a empresa
faz o pedido de cadastro, ela já
pode comercializar seu produto até que o órgão decida pela
aceitação ou não. Por essa razão, segundo Mainente, a situação da Cibrasa estaria regular.
"Eu tenho todos os documentos para provar que já fiz o
pedido de cadastro, o que, pela
legislação, já me autoriza a comercializar o produto. Não
tem lógica nenhuma pararmos
de fabricar por causa de uma
burocracia", diz o advogado.
A Folha entrou em contato
no início da tarde de sexta-feira
com a Cabofriense. Foram enviados um e-mail e um fax para
a empresa com perguntas a respeito da apreensão dos cigarros
da marca Sussex. Até a conclusão desta edição, não houve
uma resposta da empresa.
A Folha também tentou ouvir as indústrias Fenton, Rei e
Ciamérica. No caso da Fenton,
em várias tentativas, em diferentes horários do dia, ninguém atendia no número que
consta da lista telefônica. A indústria Rei, também do Rio,
não tem número cadastrado na
lista telefônica. Também não
havia número de telefone na
lista para o endereço que consta como sendo da Rei no inquérito na Delegacia de Repressão
aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial.
Também não foi possível localizar os donos da Ciamérica,
que teria a sua sede no município de Venâncio Aires (Rio
Grande do Sul). A associação
comercial da cidade e funcionários de uma distribuidora de
cigarros do município informaram que a indústria fechou
ou teria ido para a Argentina.
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