SIMONE IWASSO
DA REPORTAGEM LOCAL

Acompanhada de secretários e vereadores do PT, a prefeita Marta Suplicy inaugurou ontem o CEU Rosa da China, em Sapopemba (zona leste), o segundo dos 21 que serão abertos pela prefeitura até janeiro. Para uma platéia de cerca de 3.500 pessoas, a prefeita aproveitou para criticar a Febem, do governo do Estado, e rebater os comentários sobre o alto custo de cada escolão.
"Custa R$ 1.200 [custo mensal por interno] para amontoar crianças na Febem e R$ 280 para pôr uma criança no CEU. E no CEU você vacina contra tudo, abre janelas, abre novos horizontes. Aqui o dinheiro é bem empregado", afirmou a prefeita.
A secretária municipal da Educação, Aparecida Perez, também comparou o custo do CEU com o das crianças internadas na Febem. "Na Febem, eu considero que tenha um desperdício de dinheiro, porque você deixa crianças amontoadas e não oferece um albergue condizente, não tem um programa educativo. Aqui, o que nós estamos fazendo é um investimento em educação, não é um desperdício", disse a secretária.
Por meio da assessoria, o presidente da Febem, Paulo Sérgio de Oliveira e Costa, disse que procura "resolver a questão do menor em conflito com a lei de maneira serena, suprapartidária e sem envolvimento político". Em sua avaliação, é necessária a participação de todos para resolver a questão.
O custo de cada escolão é de aproximadamente R$ 13,5 milhões, mais cerca de R$ 450 mil mensais para manutenção. Com capacidade para 2.400 alunos, o CEU possui piscinas, teatro, cinema, biblioteca, orquestras, quadra e estúdio de produção, abertos não só para alunos, mas também para moradores do bairro.
O Rosa da China foi inaugurado com os equipamentos prontos, com exceção do teatro, que estará finalizado em novembro. O contrato com o serviço de limpeza também já está assinado.
No CEU Jambeiro - inaugurado no dia 1º- houve um atraso na contratação da limpeza e as mães dos alunos assumiram a função temporariamente.
Os alunos que começam hoje a ter aulas no Rosa da China vieram da Emef Domingos Rubino. A escola foi escolhida por ser perto do CEU e já atender a população do bairro. A Emef possui 800 alunos, divididos em três turnos de quatro horas cada. No CEU, os estudantes serão divididos em dois turnos de cinco horas. À noite, haverá um terceiro turno, com aulas para jovens e adultos.
Para o prédio da Domingos Rubino, a prefeitura planeja uma creche, administrada por uma entidade conveniada. Com isso, segundo Perez, acabará o déficit de educação infantil na região.

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