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Universal usava alvará de cinema
CARLOS MAGNO DE NARDI
da Reportagem Local
O templo da Igreja Universal do
Reino de Deus em Osasco -cujo
teto desabou matando 25 pessoas
no último sábado- funcionava
com uma autorização municipal
(alvará) expedida em 91 para abrigar as atividades de um cinema, e
não para um templo religioso.
O alvará foi expedido a partir de
um laudo atestando as condições
de segurança do local.
Esse laudo foi feito em 89 -nove anos antes do acidente de sábado- por um engenheiro contratado pelo conjunto Glamour, que
hoje abriga o templo da Igreja
Universal.
Na opinião do secretário dos Negócios Jurídicos de Osasco, Kleber
Amancio Costa, não haveria necessidade de emissão de um novo
alvará (em nome da igreja) e da
realização de um novo laudo de
segurança já que "a estrutura do
prédio não foi modificada".
A avaliação do secretário é contestada na Câmara de Osasco. O
vereador petista Emídio Pereira de
Souza, por exemplo, diz que, a
partir do momento em que igreja
passou a utilizar uma parte do
conjunto Glamour (em 92), seria
necessária a realização de uma nova vistoria e a concessão de um
novo alvará.
Antes de mostrar o alvará, o secretário havia apresentado, como
prova de autorização à instalação
do templo, uma licença de funcionamento emitida pela Secretaria
da Fazenda, um documento contábil para efeito de recolhimento
de IPTU.
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