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Juiz diz que nunca fez uso de esquema
da Agência Folha, em Maceió
O juiz Luciano Américo Galvão
afirmou ontem em entrevista exclusiva à Agência Folha que nunca fez uso do esquema de prostituição de adolescentes de Porto
Calvo (AL), do qual está sendo
acusado de participar.
"Fui juiz de Junqueiro, Satuba e
de Teotônio Vilela, todas em Alagoas, antes de passar por Porto
Calvo. Podem pesquisar. Não há
nada contra mim. Estão acabando injustamente com meu casamento", afirmou.
Segundo ele, há em Porto Calvo
um atrito entre a juíza Nirvana
Viana e o promotor Sérgio Simões. "No mais, não sei de nada."
Na magistratura há quatro
anos, Galvão entregou ontem à
Associação dos Magistrados de
Alagoas uma carta requerendo a
abertura de uma investigação pela Corregedoria do Tribunal de
Justiça do Estado.
A presidente da associação, Nelma Padilha, disse que não há nenhum registro "negativo" na ficha funcional do juiz. Segundo
ela, o juiz pede uma apuração
"isenta" do caso para ver seu nome "limpo".
"Estão me acusando de estuprador. Isso é o fim. Sou pai de uma
menina. Não vão me destruir com
tamanha irresponsabilidade",
afirmou Galvão.
Cláudia, mulher do juiz, defende o marido. "Qualquer pessoa
pode ter cometido essas barbaridades, mas meu marido, com
quem estou há 16 anos, não é um
homem desse tipo", afirmou.
Enquanto conversava com a reportagem, por telefone, o juiz
chegou a chorar por três vezes durante os dez minutos de entrevista. "Nem sei o que estou dizendo.
Estou muito abalado. É uma irracionalidade tornar pública uma
acusação dessas", afirmou.
A Associação dos Magistrados
de Alagoas envia na próxima segunda-feira o pedido para a abertura de uma sindicância no Tribunal de Justiça.
Nem o juiz nem o promotor
Sérgio Simões prestarão depoimento no inquérito policial. O
juiz responderá à sindicância no
TJ e o promotor falará na sindicância já aberta na Procuradoria
de Justiça do Estado, conforme
determina a legislação.
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