|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Polícia apura clonagem de cartão em SP
ALESSANDRO SILVA
MALU GASPAR
da Reportagem Local
A polícia de São Paulo suspeita
que as quadrilhas especializadas
em clonagem de cartões de crédito estejam chegando aos cartões
eletrônicos usados na movimentação de contas correntes.
Em um caso que está sendo investigado no Itaim-Bibi (zona sudoeste de São Paulo), a clonagem
é a hipótese mais provável levantada pela polícia.
Em um dia, golpistas entraram
em uma conta corrente do banco
Itaú e fizeram um empréstimo de
R$ 2.000, receberam uma transferência de R$ 1.500 de outra conta
e sacaram R$ 4.500.
""Eu estava fora do país e havia
levado o meu cartão, que era novo
e nem estava com a senha cadastrada", afirma a aeroviária Claudia Myriantheus, 36.
Claudia não usava a Internet para movimentar a conta. O dinheiro não foi transferido para contas
de laranjas, como normalmente
acontece nos golpes via rede, mas
sim sacado em vários caixas da
capital. Para isso, seria preciso ter
o cartão do banco e a senha.
""Eu fazia compras com o cartão,
mas acredito que os locais eram
seguros. Nem sei como a clonagem pode ter sido feita", disse.
A polícia paulista já apreendeu
máquinas importadas especializadas em duplicar cartões. No caso dos cartões de crédito, basta
uma passagem pela máquina duplicadora para que os dados constantes na fita magnética sejam lidos e gravados.
""Não há como descartar que o
cartão foi clonado, assim como
ocorre com os cartões de crédito",
disse o delegado Orlando Basílio
Ivanov, que investiga o caso.
A assessoria do banco Itaú informou que casos desse tipo são
investigados e esclarecidos apenas para o cliente. Depois de uma
semana, o banco devolveu o dinheiro para a aeroviária.
""Há máquinas de leitura magnética que podem facilmente descobrir a senha de um cartão", afirmou Jim Wygand, presidente da
Control Risk do Brasil, empresa
especializada em gerenciamento
de riscos e de investigação de crimes dentro de empresas.
Prevenir esse tipo de manobra é
possível, mas evitá-la, não.
"Quem usa o cartão está exposto
ao risco. A única forma de impedir o golpe é não usar o cartão em
hipótese alguma. Mas isso seria
como recomendar que alguém
não saia de casa para não sofrer
um acidente", disse Wygand.
A polícia recomenda que o dono do cartão acompanhe o processo de registro da compra pelo
sistema on line.
Texto Anterior: Para sócia, ele foi vítima de assaltantes Próximo Texto: Hackers furtaram R$ 50 mil Índice
|