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Parte das escolas já começou a adotar novo modelo
da Reportagem Local
Embora as diretrizes curriculares só tenham sido concluídas na
semana passada, algumas escolas
já estão fazendo a transição para o
novo modelo de ensino profissionalizante. É o caso do Centro Paula Souza, uma rede pública de escolas profissionalizantes em São
Paulo, ligada ao governo estadual,
e do Cefet do Rio.
O eixo das mudanças, diz Almério Melquíades de Araújo, coordenador de ensino técnico do
Paula Souza, foi a tentativa de tornar os currículos mais flexíveis,
abrindo aos alunos as possibilidades de formação e de trajetórias
ao longo do curso.
Um exemplo: pela estrutura antiga, o aluno entrava numa escola
para se profissionalizar como torneiro mecânico. Ele seguia um
currículo pré-determinado com
cargas horárias pré-definidas para cada disciplina. Dentro da nova
estrutura, esse mesmo aluno provavelmente se inscreveria em um
curso da área indústria, e poderia
organizar seu currículo e sua formação dentro de um leque de disciplinas oferecidas na área. "O
aluno constrói o seu itinerário",
explica Araújo.
Isso é possível porque a os cursos profissionalizantes podem ser
estruturados em módulos. Ao
concluir cada módulo, o aluno
obtém um certificado. Se ele cumprir todos os módulos que compõem um curso, ele pode obter o
diploma. Um dado importante,
no entanto, é que um estudante só
vai poder obter um diploma profissionalizante de nível técnico se
tiver também o diploma de ensino médio regular (ex-2º grau).
A articulação com o mercado de
trabalho é outro aspecto importante. O Cefet do Rio, por exemplo, pretende abrir, em 2000, um
curso técnico em gestão urbana.
"A idéia é formar um profissional
que entenda de transportes, defesa civil, por exemplo, e que possa
atuar numa prefeitura na área de
trânsito e em organizações não-governamentais como gestores
de empresa. É um curso que engloba diversas possibilidades",
diz Marco Antonio Lucidi, diretor-geral.
Esses cursos, montados em articulação com necessidades específicas e por vezes pontuais do mercado de trabalho, podem, simplesmente, deixar de ser oferecidos. ""Se eles não atenderem mais
as necessidades, eles podem ser
extintos e novos cursos vão substituí-los", diz Lucidi.
(MAv)
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