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Em 20 casos,
só uma pessoa
foi condenada
DA AGÊNCIA FOLHA
Dos 20 casos de assassinatos
e castrações de crianças e adolescentes no Maranhão registrados desde 91, só uma pessoa
foi condenada, apesar de muitos já terem sido presos.
José Domingues foi apontado como autor da morte de
Cleiton Lima Conceição, 12, em
91. Sentenciado a 19 anos de
prisão e solto por bom comportamento, ele voltou a ser
preso recentemente, acusado
de ter estuprado uma menina.
Já o vigia Robério Cruz foi
acusado de ter assassinado Júlio César Pereira, 11, e Nonato
Alves Dias, 10. Robério está
preso, mas nega envolvimento
com esses crimes.
Em 91, o corpo de Ranier Silva Cruz, 11, foi encontrado com
uma grande perfuração nas
costas e hematomas pelo corpo, seis dias após seu desaparecimento. À época, o veterinário
Manoel Ovídio Leite Júnior, filho do dono do sítio onde o
corpo foi localizado, foi apontado como suspeito. Ele chegou
a ser ouvido pela polícia, mas
foi liberado em seguida. O inquérito ficou parado até 1999.
Convocado para novo depoimento, Leite Júnior desapareceu e até hoje não foi localizado, segundo a polícia do Maranhão. O processo foi arquivado
em janeiro deste ano; o Ministério Público não recorreu.
Para Raimundo Soares Cutrim, gerente estadual de Justiça, Segurança Pública e Cidadania, cerca de 80% dos crimes
que envolveram a castração de
crianças e adolescentes no Maranhão já foram desvendados e
todas as providências para esclarecê-los foram tomadas.
"Sabe-se que não foram assassinatos em série. Não foi
uma só pessoa ou um único
grupo que castrou as crianças.
Foram crimes de autorias individuais, em locais diferentes e
com intervalos longos de tempo de um para outro", afirmou
Cutrim.
(DS e EDS)
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