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São Paulo, sábado, 11 de outubro de 2003

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Mãe e filha esperam durante dez horas em DP

DA REPORTAGEM LOCAL

Eram 17h do último domingo quando A.D.S., 42, que trabalha como contato publicitário, entrou no 39º Distrito Policial (Vila Gustavo), na zona norte, para denunciar o homem que tentou estuprar sua filha de 11 anos.
Mas não havia delegado. Ela só conseguiu sair do local com a ocorrência na mão dez horas depois, às 3h de segunda-feira. "Eu me senti um lixo. Fui muito mal atendida. Não tinha delegado e eu não podia fazer nada", resumiu.
O suspeito também estava no distrito. A.D.S. disse que foi informada por policiais que o delegado de plantão estava fazendo uma "ronda" por outros DPs e que não se sabia quando ele iria retornar. "Eu queria que alguém fizesse alguma coisa. Eu não iria arredar o pé dali", afirmou. "Me senti inferior. Eu precisando deles [os policiais] para me ajudar e eles achando que tinham toda a razão do mundo", criticou.
Ela disse que dois delegados passaram pelo distrito, conversaram com sua filha, mas ninguém registrou o caso e não informaram o motivo. O delegado que iria fazer a ocorrência chegou às 23h30 de domingo.


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