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Mãe e filha esperam durante dez horas em DP
DA REPORTAGEM LOCAL
Eram 17h do último domingo
quando A.D.S., 42, que trabalha
como contato publicitário, entrou
no 39º Distrito Policial (Vila Gustavo), na zona norte, para denunciar o homem que tentou estuprar
sua filha de 11 anos.
Mas não havia delegado. Ela só
conseguiu sair do local com a
ocorrência na mão dez horas depois, às 3h de segunda-feira. "Eu
me senti um lixo. Fui muito mal
atendida. Não tinha delegado e eu
não podia fazer nada", resumiu.
O suspeito também estava no
distrito. A.D.S. disse que foi informada por policiais que o delegado
de plantão estava fazendo uma
"ronda" por outros DPs e que não
se sabia quando ele iria retornar.
"Eu queria que alguém fizesse alguma coisa. Eu não iria arredar o
pé dali", afirmou. "Me senti inferior. Eu precisando deles [os policiais] para me ajudar e eles achando que tinham toda a razão do
mundo", criticou.
Ela disse que dois delegados
passaram pelo distrito, conversaram com sua filha, mas ninguém
registrou o caso e não informaram o motivo. O delegado que iria
fazer a ocorrência chegou às
23h30 de domingo.
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