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RIO DE JANEIRO
Disposta a impedir que a Imperatriz conquiste o tetracampeonato, escola empolgou o público e foi aplaudida até pelos jurados
Beija-Flor termina 1ª noite como favorita
DA SUCURSAL DO RIO
Após três anos de vice-campeonato, a Beija-Flor de Nilópolis se
consagrou na madrugada de ontem como a favorita da primeira
noite dos desfiles das escolas de
samba do Rio, sendo aplaudida
até pelos jurados da Liga Independente das Escolas de Samba.
A escola, última a desfilar, entrou na avenida disposta a impedir que a Imperatriz Leopoldinense conquiste o tetracampeonato. Com fantasias luxuosas
-quase todas as alas tinham adereços de mão e cabeça-, a Beija-Flor conseguiu apresentar o enredo sobre a aviação de forma diferenciada do Salgueiro, que levou
o mesmo tema ao sambódromo.
Enquanto o Salgueiro apresentou
a história da aviação, a escola de
Nilópolis falou do sonho de voar,
desde a antiguidade.
A comissão de frente arrancou
aplausos da platéia ao apresentar
bailarinas na ponta dos pés, vestidas de beija-flores. O público, que
sacudia bandeiras e balões com a
inscrição da Varig, patrocinadora
da escola, ficou de pé e aplaudiu.
Depois da polêmica com a Arquidiocese do Rio, a Beija-Flor escondeu em seu último carro a
imagem de Nossa Senhora Aparecida, coberta por passistas. Só a
coroa da santa aparecia.
O Salgueiro, penúltima escola a
entrar na avenida, também agradou, mas não empolgou tanto
quanto a Beija-Flor, apesar do investimento de R$ 3,8 milhões -o
maior do Grupo Especial.
Os salgueirenses levaram muitas luzes para o sambódromo, iluminando as bordas das saias das
baianas, uma ala inteira de pessoas fantasiadas de controladores
de vôo e a bateria -que usou um
novo instrumento, o chekbalde,
um balde com furos.
Um dos carnavais mais caros da
história do Rio -as 14 escolas do
Grupo Especial gastaram, no total, R$ 32,3 milhões- gerou desfiles cheios de pirotecnias, mas o
investimento em carros de luxo
não deu certo para todas as escolas. Na primeira noite do Grupo
Especial, São Clemente, Unidos
da Tijuca e Tradição tiveram sua
passagem no sambódromo prejudicada por carros que quebraram.
O investimento em carros luxuosos, porém, deu certo para a
Grande Rio. O desfile foi "puro
Joãosinho Trinta". Para contar as
histórias, lendas e mitos do Maranhão, o carnavalesco levou para a
avenida suas marcas mais características: luxo e pirotecnia.
Dos carros alegóricos jorravam
fumaça, papel colorido picado, fitas e, no Carro do Cão (a vedete da
apresentação), fogo. A abertura
do desfile ficou por conta do dublê Eric Scott, que, pela segunda
vez, voou sobre a passarela do
samba, vestido como um dos papagaios do título do enredo: "Os
Papagaios Amarelos nas Terras
Encantadas do Maranhão".
Personalidades também não
faltaram: da atriz Suzana Vieira,
na comissão de frente, à apresentadora Luciana Gimenez, madrinha da bateria, passando Miguel
Falabella e Raul Gazolla.
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