São Paulo, sábado, 12 de fevereiro de 2005

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BATE-BOCA

Polícia foi acionada para resolver caso no Iguatemi

Ação de despejo põe em conflito um lojista e a direção de shopping

DA REPORTAGEM LOCAL

Localizado na avenida Brigadeiro Faria Lima, um dos endereços mais caros de São Paulo, o shopping Iguatemi foi palco de uma briga nada elegante nesta semana. O epicentro do problema é uma ação de despejo da loja Acqua e Sapone, instalada há seis anos no local. Segundo o lojista Bruno Bauman, 22, seu estabelecimento foi depredado quinta-feira por funcionários do shopping, que insistiam no despejo apesar de uma liminar ter suspendido a ação no início da tarde.
A administração do shopping conta uma versão diferente. Segundo a assessoria do Iguatemi, a advogada da loja, Regina Manssur, só avisou que havia conseguido a liminar quando o despejo já estava concluído. O shopping também diz que, até ontem, não havia recebido a liminar. Segundo o Iguatemi, o despejo foi executado por um oficial de justiça e não houve descumprimento judicial.
Manssur contesta. "Quando cheguei [à loja], o despejo estava quase no fim, mas, tecnicamente, não acabou." Ela diz que o despejo só acaba quando todos os objetos do inquilino são retirados e as chaves são entregues ao locador. "Os móveis dele ainda estão lá e ele não deu a chave."
Bauman chamou a Polícia Militar, mas disse que os policiais foram omissos. Ontem, Manssur encaminhou à Secretaria da Segurança Pública um texto reclamando dos policiais. O major Jorge Luiz, do setor de comunicação, diz que o fato será investigado.
Ontem, a Polícia Civil realizou uma perícia no local. Na próxima semana, Bauman pretende entrar com uma ação contra o Iguatemi por danos materiais e morais.


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