FÁBIO TAKAHASHI
DA REPORTAGEM LOCAL

A PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo) aprovou duas medidas que buscam aumentar o número de alunos na instituição: a adoção de dois vestibulares por ano e a abertura de um novo campus, na zona norte da capital paulista.
A universidade, uma das mais tradicionais do país, atravessa uma grave crise financeira. A dívida está em cerca de R$ 54 milhões. O valor equivale a dois meses de faturamento da universidade. Atualmente, a instituição conta com cerca de 25 mil estudantes.
Em meio a esse cenário, o Conselho Universitário (formado por professores, funcionários e alunos) aprovou no começo deste mês duas medidas para que haja uma expansão física da universidade. Um deles é a abertura de um novo campus, na rua Voluntários da Pátria, entre as estações Santana e Carandiru do Metrô.
No local funciona um colégio católico ligado à universidade. Neste primeiro semestre, o curso oferecido será administração, no período noturno, com 150 vagas -serão convidados os estudantes que não foram aprovados no vestibular para a carreira oferecida no campus central, em Perdizes (zona oeste). Os professores serão os mesmos da sede.
"Ainda não sabemos qual será a vocação desse novo campus nem quais outros cursos serão oferecidos no futuro", afirma a vice-reitora acadêmica da PUC-SP, Bader Sawaia. "Tudo isso ainda está em estudo", completa. Também deverão funcionar cursos de especialização e extensão no local.
Além do campus na zona oeste, a universidade tem uma unidade na região central da capital paulista (o Centro de Ciências Exatas e Tecnologia) e outra no interior do Estado, em Araraquara (o Centro de Ciências Médicas e Biológicas).
Outra medida aprovada pelo conselho universitário é tornar semestral o vestibular, que atualmente é anual e é aplicado no final do ano. Ainda não há definição de quais cursos serão oferecidos nem de quantas vagas estarão disponíveis. A direção da PUC-SP tenta implementar a medida já para o meio de 2005 -mas isso ainda não está definido. Historicamente, o número de alunos na instituição cai 5% em agosto.
"Essas novidades tiveram motivação acadêmica e financeira", afirma o vice-reitor administrativo, Flávio Mesquita Saraiva. "Claro que elas deverão nos dar um fôlego", completa Saraiva.
A vice-reitora acadêmica defende que "a qualidade do ensino da PUC será mantida".


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