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Homenagem a garoto silencia 50 mil torcedores no Maracanã
DA SUCURSAL DO RIO
Cerca de 50 mil pessoas se
mantiveram em silêncio por
um minuto no Maracanã em
homenagem ao menino João
Hélio Fernandes, arrastado e
morto quarta-feira no Rio.
Usualmente, no minuto de
silêncio em campo determinado pelo juiz, as torcidas permanecem cantando e gritando.
Ontem, fizeram realmente silêncio. Depois, aplaudiram o
menino de 6 anos.
De luto, os jogadores de Botafogo e Flamengo entraram
em campo segurando uma faixa
com os dizeres: "Chega! Queremos Paz - homenagem a João
Hélio Fernandes".
Na arquibancada, torcedores
do Botafogo, time pelo qual
João Hélio torcia, levaram cartazes com os dizeres: "Olho por
olho e a cidade ficará cega"; "luto pelo Rio" e "Justiça".
Manifestação
"Ninguém consegue mensurar a dor que é perder um filho
com tamanha violência. Eu sei,
perdi minha filha. Mas eles terão que aprender e terão que
administrar essa dor que o
tempo não ameniza."
A afirmação é de Carlos Santiago, pai de Gabriela, morta
com um tiro durante um assalto à caixa do metrô na Tijuca,
zona norte do Rio, após assistir
à entrevista de Rosa Cristina
Fernandes à Rede Globo.
A família de Santiago, com a
família de Luciana Novaes, que
ficou paraplégica ao ser atingida por bala perdida na universidade Estácio de Sá, em que estudava, e outros pais de vítimas
da violência organizam uma
missa em homenagem ao menino João às 11h, na quarta-feira, na Candelária.
Santiago concorda com a sugestão de Rosa de que o Rio tenha uma legislação penal diferenciada. A mesma idéia defende o governador Sérgio Cabral.
Ontem, ele defendeu ainda a
proposta do juiz Carlos Góis
que propõe que os próprios juízes decidam, caso a caso, a antecipação da maioridade penal.
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