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SAÚDE
Comer em "bandejão" deixa técnico doente
especial para a Folha
O técnico químico Luiz Arthur
Zampieri, 29, conhece bem os sintomas de uma intoxicação alimentar. No ano passado, ele enfrentou várias crises, duas delas
mais graves.
"Há quatro meses, depois de almoçar num "bandejão" (restaurante), comecei a passar mal. Tive
cinco dias de diarréia", afirma ele.
"Só melhorei depois de tomar o
racecadotril".
"Agora eu evito ao máximo comer em restaurantes assim", afirma Zampieri.
Os alimentos são contaminados
por bactérias, vírus ou protozoários quando sua conservação ou
manipulação não é adequada.
Segundo Sônia Ramos, pediatra
do Instituto da Criança, "o alimento contaminado por toxinas
bacterianas não tem alteração do
sabor nem do aspecto externo e,
por isso, não pode ser reconhecido apenas pela aparência".
Para prevenir as intoxicações
alimentares, alguns cuidados básicos devem ser tomados.
Ao comprar carnes e peixes, verifique as condições de higiene do
estabelecimento. É importante
que esses produtos fiquem sempre conservados sob refrigeração.
Verduras, frutas e legumes devem ser lavados em água corrente
e depois imersos em soluções de
desinfecção para eliminar os microorganismos. Em seguida, lave-os novamente em água corrente.
Quando fizer refeições em bares
e restaurantes, use o direito do
consumidor de conhecer quais
são as condições da cozinha do
estabelecimento.
Observe se os balcões e os utensílios estão limpos. Os funcionários devem usar roupas de proteção (gorro, avental) e lavar as
mãos antes de manipular os alimentos a serem preparados.
Algumas medidas ajudam a enfrentar os sintomas da intoxicação. Para diminuir os vômitos, as
refeições devem ser pequenas e
com intervalos menores.
Comidas gordurosas e fibras
podem aumentar o volume das
fezes, mas, apesar desse inconveniente, não causam nenhum outro mal à saúde durante uma intoxicação alimentar.
Os líquidos devem ser ingeridos
em doses menores do que o habitual, mas várias vezes ao dia, para
evitar a desidratação.
(ABJ)
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