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LIVRO DIDÁTICO
No ano passado, o percentual foi de 50%
MEC reprova 37,5% das coleções dirigidas a alunos de 5ª a 8ª séries
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
No primeiro ano em que o Ministério da Educação avalia coleções de livros didáticos para alunos de 5ª a 8ª séries, foram reprovadas 39 das 104 analisadas, o que
representa 37,5%.
Desde 1996, o governo avaliava
os livros isoladamente. "Isso estabelecia uma confusão para as escolas. Agora, se um livro de uma
coleção é excluído, os demais
também são", afirmou ontem o
ministro Paulo Renato.
No ano passado, o percentual
de reprovação foi maior -50%.
Neste ano, das 104 coleções inscritas por 12 editoras -um total
de 414 títulos nas áreas de ciências, matemática, português, geografia e história- 65 passaram
pela triagem de professores de
universidades que participaram
pela primeira vez do processo de
avaliação.
Para não serem reprovados, os
livros não podem ter erros de informação e de lógica, indução ao
erro, afirmações preconceituosas
nem doutrinação religiosa. Também pesa a qualidade metodológica do livro.
O ministério avalia que a diminuição da taxa de reprovação se
deve a uma melhora na qualidade
dos livros.
Segundo o professor Nélio Bizzo, supervisor da equipe que avaliou a área de ciências, o perfil do
livro excluído no passado era daquele com erros graves de conteúdo. "Agora, é uma exclusão mais
técnica. Os livros estão a um passo de mostrar um material excelente", afirmou.
Erros graves e preconceitos, no
entanto, continuam existindo.
Um livro de ciências, por exemplo, trazia noções erradas de primeiros socorros.
A área de ciências foi justamente a que teve o pior desempenho.
Das 19 coleções inscritas, 13 foram
reprovadas. As outras seis são recomendadas "com ressalvas".
As obras reprovadas pelo MEC
são excluídas do "Guia do Livro
Didático", que serve de base para
as escolas da rede pública escolherem os livros que vão adotar.
A partir de ontem, o guia passou a estar disponível para consulta pública no site do Fundo
Nacional de Desenvolvimento da
Educação (www.fnde.gov.br).
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