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EDUCAÇÃO
Lei que institui programa federal leva o nome de ex-prefeito tucano
União muda nome de Bolsa-Escola
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O governo protagonizou ontem
mais um capítulo da novela sobre
a paternidade do Programa Bolsa-Escola. Ao sancionar a lei que
instituiu o programa de garantia
de renda mínima ligado à educação, o presidente Fernando Henrique Cardoso batizou o texto de
Lei Magalhães Teixeira.
Para os tucanos, foi o então prefeito de Campinas (95 km de SP),
José Roberto Magalhães Teixeira
(PSDB), o "Grama", que teve em
95 a primeira iniciativa de vincular assistência financeira a famílias carentes à matrícula e à manutenção de crianças na escola.
O Bolsa-Escola ganhou esse nome e projeção com o ex-governador do Distrito Federal Cristovam
Buarque (PT), que defende a paternidade do projeto. Só no início
deste ano, após constatar que Bolsa-Escola era um nome reconhecido e defendido por órgãos internacionais, é que a União deixou
de usar o nome, para não dar a
impressão de que rejeitava internamente um projeto visto como
exemplar no exterior.
Após a sanção da lei, o ministro
Paulo Renato Souza (Educação)
disse que foi dele a idéia de batizar
a lei homenageando o ex-prefeito.
"Acho que estamos apenas fazendo justiça a quem foi pioneiro."
Indagado sobre a paternidade
do programa e se o batismo não
soaria como intriga com o PT, o
ministro disse: "Quem tenta se
apropriar da idéia não somos
nós". Paulo Renato disse ainda
que a cerimônia de ontem foi discreta para evitar comentários
maldosos por parte da imprensa.
"Vocês reclamariam se fizéssemos duas festas. Seria como se
inaugurássemos uma mesma
obra duas vezes", disse o ministro, fazendo menção ao evento na
cidade de Águas Lindas de Goiás,
em 13 de fevereiro, quando FHC
assinou o texto da medida provisória que foi convertida em lei.
O programa pretende usar cerca de R$ 1,7 bilhão este ano. A meta é que 10 milhões de crianças obtenham a ajuda financeira, de R$
15 por aluno. Para o ano que vem,
o valor deve alcançar R$ 2 bilhões.
O recurso virá do Fundo de
Combate à Pobreza, aprovado como emenda constitucional pelo
Congresso, mas que aguarda regulamentação. Não será possível,
enquanto isso, transferir recursos.
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