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Embaixador anuncia providências em Genebra
DA REPORTAGEM LOCAL
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O embaixador Marco Antônio
Diniz Brandão disse ontem, em
Genebra (Suíça), que o Brasil vai
"adotar progressivamente" as
medidas propostas pela ONU para combater a tortura.
Brandão disse que encaminharia à presidência da Comissão de
Direitos Humanos da ONU um
programa detalhado sobre as
ações que serão tomadas pelo governo nesse sentido.
O embaixador elogiou o trabalho de Nigel Rodley, autor do texto: "O relatório é rigoroso, mas
nós o consideramos positivo",
afirmou, acrescentando que o documento ajudará no aperfeiçoamento de políticas públicas para a
promoção de direitos humanos.
O enviado do Itamaraty a Genebra ressaltou ainda que o país
avançou juridicamente nos últimos anos no combate à tortura,
aprovando uma lei específica para
tipificar esse crime.
O Ministério da Justiça informou ontem que pretende criar,
até o próximo mês, um disque-denúncia para casos de tortura.
Além do serviço, o ministério
pretende lançar uma campanha
para incentivar as denúncias.
A campanha vai incluir vídeos
institucionais e ainda não ficou
pronta por dificuldades em definir a "fórmula" a ser adotada.
A Folha apurou que existe a
proposta de mostrar nos vídeos
instrumentos usados na prática
da tortura, como pau-de-arara.
Por outro lado, há o receio de que
isso provoque efeito contrário e
desestimule as denúncias.
A Associação dos Juízes Federais do Brasil divulgou nota defendendo a federalização dos crimes de tortura e a ampliação do
número de defensores públicos.
O secretário da Segurança Pública de São Paulo, Marco Vinicio
Petrelluzzi, disse, por meio de sua
assessoria de imprensa, que só se
manifestará sobre os supostos novos casos de tortura quando receber formalmente o relatório.
O secretário da Assistência e do
Desenvolvimento Social, Edsom
Ortega, disse que todos os casos
de maus-tratos ocorridos na Febem estão sendo apurados.
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