MELISSA DINIZ
DA REPORTAGEM LOCAL

Após reunião de quase duas horas a portas fechadas, os vereadores entraram em consenso para votar, na próxima terça-feira, o projeto de autoria da Mesa Diretora que prevê o corte de no mínimo 40% nos gastos dos gabinetes.
Se aprovado, o projeto, que faz parte da reforma administrativa da Câmara, deve reduzir a verba dos gabinetes de R$ 93 mil mensais, em média, para R$ 55,8 mil. Para garantir o consenso, a Mesa sinalizou que poderá colocar em votação, no final do ano, projeto garantindo a contratação de assessores técnicos.
A verba é destinada a folhas de pagamento -cada um dos 55 vereadores pode ter até 21 assessores- e despesas como telefone, correio e combustível.
Segundo o vereador Rubens Calvo (PSB), primeiro-secretário da Mesa da Câmara, alguns gabinetes chegam a gastar R$ 140 mil por mês com a incorporação das gratificações dos funcionários. Por isso devem ser votadas também emendas que propõem isonomia de gastos em todos os gabinetes. Com isso, cada gabinete passaria a custar R$ 55,8 mil, independentemente do número de funcionários e das gratificações, que seriam deduzidas da verba.
Segundo Calvo, a medida busca atender à Lei de Responsabilidade Fiscal e cada vereador deverá prestar contas à Mesa sobre a destinação da verba de gabinete.
Desde dezembro, o Ministério Público Estadual investiga os gastos. Na Câmara Federal, por exemplo, a verba por gabinete é de R$ 32 mil por mês.




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