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Estado e BNDES entram em acordo quanto a verba para obra do Metrô
VICTOR RAMOS
DA REPORTAGEM LOCAL
O BNDES (Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e
Social) fez ontem uma nova exigência ao governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), para
liberar R$ 390 milhões para as
obras do metrô paulistano. Apesar disso, o acordo entre a instituição e o governo do Estado para o
aporte de recursos do banco foi
praticamente definido.
Em reunião ontem no Palácio
dos Bandeirantes entre Alckmin e
o presidente do banco, Guido
Mantega, foi proposto pelo
BNDES que os debêntures (títulos
de renda fixa) a serem lançados
pelo Estado em troca da verba sejam conversíveis -possam ser
trocados por ações. Com isso, se o
Estado não honrar seus compromissos, o BNDES poderá trocar
os títulos por ações de outras estatais paulistas como a Sabesp.
A medida, mesmo considerada
desnecessária pelo governo paulista, deverá ser acatada. "Se for
esse o problema, será resolvido",
disse Alckmin. A proposta feita
anteriormente pelo tucano ao
BNDES era de que o banco comprasse R$ 390 milhões em debêntures não-conversíveis.
O aporte de R$ 390 milhões é esperado pelo Estado para ser usado nas obras de extensão da linha
2-verde (Paulista) do Metrô, que
terá três novas estações -Chácara Klabin, Imigrantes e Ipiranga.
A demora na liberação da verba
por parte do BNDES tem sido
motivo de polêmica entre o governo estadual e o banco e posto
em cheque a conclusão da linha
dentro do prazo -setembro de
2006. Se concluída, a obra iniciada
em março de 2004 deverá ser uma
das principais vitrines de Alckmin, possível candidato tucano à
presidência no próximo ano.
Em fevereiro, o governador chegou a admitir que as obras poderiam sofrer atraso devido à falta
de liberação de recursos. Em resposta, Mantega afirmou que o governador se preocupava mais em
criar "um fato político do que em
resolver os problemas do Metrô".
Ontem, no entanto, o clima foi
de conciliação. Alckmin disse que
a conversa foi produtiva.
(Colaborou JANAÍNA LEITE)
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