|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Secretário de Finanças de Serra foi condenado por improbidade
PAULO PEIXOTO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O secretário de Finanças do prefeito
de São Paulo, José Serra, Mauro Ricardo Machado Costa, foi condenado pela Justiça Federal em setembro último
por suposta improbidade administrativa quando exercia, em 1997, o cargo
de superintendente da Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus), autarquia federal vinculada
ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
Costa recorreu da decisão e o
processo hoje tramita no TRF
(Tribunal Regional Federal) da 1ª
Região, em Brasília.
A informação virou arma do PT
na Câmara Municipal. A bancada
petista enviou ontem um ofício ao
prefeito pedindo o afastamento
do secretário.
De acordo com a sentença da
juíza da 3ª Vara Federal de Manaus, Maria Lúcia Gomes de Souza, Costa cometeu irregularidade
ao contratar por R$ 42 mil um advogado sem abrir licitação.
Na sentença, de 30 de setembro
passado, a juíza condenou Costa a
pagar multa de R$ 20 mil, proibiu-o de contratar com o poder
público ou receber benefícios e
incentivos fiscais por cinco anos e
suspendeu seus direitos políticos
pelo mesmo período.
A denúncia contra Costa e o então ordenador de despesas da Suframa, José Osvaldo da Silva, foi
encaminhada à Justiça Federal em
19 de junho de 2000 pelo procurador da República Osório Barbosa,
com base em um documento da
Secretaria de Controle Externo do
TCU (Tribunal de Contas da
União), que identificou irregularidade na "contratação direta de
serviços advocatícios, sem licitação, em violação à lei 8.666/93"
(lei das licitações). A contratação
já fora julgada irregular em 2000
pelo TCU, que aplicou multa de
R$ 3.000 para Costa e Silva.
Eles recorreram da decisão e,
posteriormente, as contas foram
aprovadas pelo TCU. Na ação na
Justiça Federal, porém, a defesa
de Costa não foi aceita. "As decisões que [o TCU] emite (...) podem ser revistas pelo Poder Judiciário", escreveu a juíza.
Na Justiça mineira também tramita, ainda sem decisão, uma
ação civil pública por improbidade administrativa contra Costa,
presidente da Copasa (a estatal
mineira de saneamento) de fevereiro de 2003 a novembro do ano
passado. Proposta pelo Ministério Público estadual, a ação versa
sobre o pagamento de auxílio-moradia e verbas para passagens
aéreas que Costa teria usado para
visitar a família em Brasília. O valor total da ação é de R$ 42,1 mil.
O secretário paulistano responde a uma terceira ação por improbidade no Tribunal Regional Federal da 1ª Região, em Brasília,
por causa de convênio firmado
por Costa quando superintendente da Suframa com a prefeitura de Humaitá (AM). Diz respeito
a supostas irregularidades em
uma licitação para melhoramento
e pavimentação da BR-319.
(RUBENS VALENTE)
Texto Anterior: Estado e BNDES entram em acordo quanto a verba para obra do Metrô Próximo Texto: Outro lado: Costa rebate denúncia e acusa empreiteiras Índice
|