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EDUCAÇÃO EM PEDAÇOS
Direção de colégio localizado na zona leste de São Paulo nega que haja falta de funcionários
Mães ajudam na limpeza de escola estadual
RICARDO GALLO
DA REPORTAGEM LOCAL
Desde fevereiro, um grupo de
mães se junta para varrer o pátio, passar pano no chão, limpar
o banheiro e tomar conta de alunos da escola estadual Prof. Rita
Júlia de Oliveira, na Penha (zona
leste de São Paulo).
Elas dizem que o número de
funcionários é insuficiente. A direção da escola e a Diretoria Regional de Ensino, ligada à Secretaria Estadual da Educação, negam e dizem que as mães fazem
o trabalho porque querem.
A escola disse que o contrato
com quatro integrantes das frentes de trabalho venceu em janeiro e que não houve novas contratações. A Diretoria Regional
de Ensino afirma, porém, que a
situação é restrita aos bolsistas
da frente e que o número de servidores administrativos (seis)
está de acordo com o tamanho
da escola -com cerca de 420
alunos da 1ª à 4ª série.
O trabalho das mães teve início
quando uma delas percebeu que
uma única funcionária era responsável pelos alunos no intervalo e que o pátio ficava sujo.
Outra mãe, a artesã Wilma Ribeiro de Souza, 38, fez, há 20
dias, uma denúncia à Ouvidoria
Geral do Município. "Não é certo eu trabalhar lá. É o Estado que
tem que contratar mais gente."
Ontem, a Folha pediu autorização para a Secretaria da Educação para fotografar as mães
trabalhando na escola. A direção
da escola, porém, não permitiu a
entrada delas no intervalo. Segundo as mães, foi a primeira
vez que o veto ocorreu.
O dirigente regional de ensino
afirmou que espera receber, em
breve, novos integrantes das
frentes de trabalho, mas que ainda não há prazo para isso.
Colaboraram FÁBIO TAKAHASHI, da
Reportagem Local, e BRUNO MIRANDA, repórter-fotográfico
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