São Paulo, domingo, 12 de maio de 2002

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Menina tinha 1,28 kg quando foi operada

DA REPORTAGEM LOCAL

"A cirurgia foi o de menos", diz Márcio Franco, 35, pai de Vanessa do Carmo Franco, bebê que tinha 1,28 kg quando foi operado.
A menina, que hoje tem nove meses e 10 kg, teve dois terços do pulmão direito removidos. O pedaço fora atingido por uma doença grave, a má-formação adenomatóide cística (veja quadro ao lado).
Vanessa passou por um período muito ruim antes que os médicos decidissem que a cirurgia era necessária. Teve de fazer uma série de drenagens no tórax.
A mãe, Roseli, 39, teve complicações na gravidez por causa de sua pressão alta. "A cirurgia era o único remédio. Fiquei até mais tranquila do que o normal", diz.
As más-formações ocorrem com uma frequência que varia de um caso a cada 2.000 partos a um caso a cada 5.000 partos, segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Pediátrica. As atresias, por exemplo, têm uma frequência de um caso em 3.000 partos.
Na maioria das vezes, as causas envolvem componentes genéticos.
Vanessa nasceu no sétimo mês de gestação. O problema maior, afirmam os médicos, não é a prematuridade, mas o peso do bebê. Quanto menor, obviamente, mais delicada se torna a condição do bebê. Muitas crianças que nascem no "prazo certo" têm baixo peso (menos de 2,5 kg).
"O importante é que hoje toda criança tem perspectiva de sobrevida. E a mãe é co-participante. Tem de ter uma atitude positiva, afastar o pessimismo. Os métodos de hoje minimizam ao máximo o sofrimento do bebê", afirma o cirurgião Pedro Munõz Fernandez. (FL)


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