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Vacina para africanos será avaliada
DA ENVIADA ESPECIAL
A primeira vacina anti-Aids desenvolvida principalmente para a
população africana começa a ser
testada em humanos nos próximos meses. O imunizante é resultado de uma colaboração entre a
Universidade de Oxford, no Reino Unido, e a Universidade de
Nairobi, no Quênia.
Os primeiros estudos, que serão
feitos simultaneamente em Oxford e em Nairobi, devem avaliar
a segurança da vacina e se ela é capaz de produzir uma resposta do
sistema de defesa contra o HIV.
Outras vacinas já são testadas
no Reino Unido e nos EUA.
"Estudos em animais mostraram que essa vacina pode funcionar em humanos", disse Andrew
McMichael, do Instituto de Medicina Molecular de Oxford.
A vacina foi criada a partir de informações obtidas de oito prostitutas que trabalham em Nairobi.
Mesmo tendo mantido relações
com homens portadores do HIV,
elas não se contaminaram.
"Analisamos o sistema de defesa delas e tentamos criar artificialmente a mesma resposta", explicou McMichael. O cientista disse
que essas mulheres tinham presença maior de células T citotóxicas -um tipo de célula de defesa.
O imunizante foi feito a partir
do material genético do HIV. "Sequenciamos duas proteínas de
sua superfície", informou McMichael. Os animais testados reconheceram o vírus e começaram a
produzir linfócitos T citotóxicos.
Essa vacina foi produzida para
funcionar contra a cepa A do
HIV, a mais frequente em Nairobi. "Nosso interesse é tornar a vacina acessível, principalmente para países em desenvolvimento",
afirmou Wayne Koff, vice-presidente de pesquisa e desenvolvimento da Iniciativa Internacional
para uma Vacina Anti-Aids (IAVI, na sigla em inglês).
A IAVI é responsável pela parceria entre Oxford e Nairobi. A
entidade recebe fundos dos governos do Reino Unido, da Holanda e do Canadá, do Banco
Mundial e de entidades como a
Fundação Bill e Melinda Gates.
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