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Ministério vê problemas no atendimento
DA AGÊNCIA FOLHA, EM MACEIÓ
O Ministério da Saúde reconhece que ainda há falhas
no sistema de atendimento
às adolescentes e adultas
grávidas, mas diz que o número de consultas de pré-natal realizadas pelo SUS
quadruplicou nos últimos
cinco anos.
Esse aumento ainda não é
suficiente para cobrir os riscos que a falta do pré-natal
traz para os bebês e para as
adolescentes grávidas.
Em 1999, foram realizadas
8,6 milhões de consultas de
pré-natal no país, portanto,
menos da metade do que tido como ideal.
O objetivo do ministério,
considerando que o ideal são
seis consultas por mulher
durante a gravidez, seria algo em torno de 18 milhões
de atendimentos por ano
com as 2,9 milhões de grávidas atendidas pelo SUS.
"O Programa de Humanização no Pré-Natal e Nascimento, posto em prática
agora no segundo semestre,
é o início de uma virada que
pretendemos dar nas deficiências do sistema existentes atualmente", disse o secretário nacional de Políticas
de Saúde, Cláudio Duarte.
As deficiências no pré-natal representam risco não só
para as grávidas que estão
com o HIV e para seus filhos.
A falta dessas consultas em
grávidas também é uma das
responsável pelos altos índices de cesarianas e de mortalidade materna no país.
Uma de cada quatro adolescentes do país tem filho
por meio de cesarianas. Isso
aumento o risco delas contraírem infecções e até de
morrerem no parto.
"O Unicef sempre considerou muito alto o número
de cesarianas no país e tem
ajudado na luta pela redução
destes índices", afirmou o
oficial de saúde do Unicef,
Halim Girade.
Duarte faz uma avaliação
positiva dos avanços do sistema de saúde no país nesses
dez anos de vigor do ECA
(Estatuto da Infância e Adolescência).
Segundo ele, as medidas
adotadas até agora reduziram a mortalidade infantil
no país e pelo menos 60 mil
crianças foram salvas entre
os anos de 94 e 99.
O ministério diz que também teria sido intensificado
no país o tratamento de
doenças como diarréias, responsáveis por cerca de 8%
das causas de morte de bebês no primeiro ano de vida.
As doenças infecciosas,
respiratórias e nutricionais
representavam há dez anos
34% das causas de mortes de
crianças de até 5 anos no
Brasil, índice que havia sido
reduzido para 23% em 1997,
segundo Duarte.
(ARI CIPOLA)
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