São Paulo, quarta-feira, 12 de julho de 2000


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Ministério vê problemas no atendimento

DA AGÊNCIA FOLHA, EM MACEIÓ

O Ministério da Saúde reconhece que ainda há falhas no sistema de atendimento às adolescentes e adultas grávidas, mas diz que o número de consultas de pré-natal realizadas pelo SUS quadruplicou nos últimos cinco anos.
Esse aumento ainda não é suficiente para cobrir os riscos que a falta do pré-natal traz para os bebês e para as adolescentes grávidas.
Em 1999, foram realizadas 8,6 milhões de consultas de pré-natal no país, portanto, menos da metade do que tido como ideal.
O objetivo do ministério, considerando que o ideal são seis consultas por mulher durante a gravidez, seria algo em torno de 18 milhões de atendimentos por ano com as 2,9 milhões de grávidas atendidas pelo SUS.
"O Programa de Humanização no Pré-Natal e Nascimento, posto em prática agora no segundo semestre, é o início de uma virada que pretendemos dar nas deficiências do sistema existentes atualmente", disse o secretário nacional de Políticas de Saúde, Cláudio Duarte.
As deficiências no pré-natal representam risco não só para as grávidas que estão com o HIV e para seus filhos. A falta dessas consultas em grávidas também é uma das responsável pelos altos índices de cesarianas e de mortalidade materna no país.
Uma de cada quatro adolescentes do país tem filho por meio de cesarianas. Isso aumento o risco delas contraírem infecções e até de morrerem no parto.
"O Unicef sempre considerou muito alto o número de cesarianas no país e tem ajudado na luta pela redução destes índices", afirmou o oficial de saúde do Unicef, Halim Girade.
Duarte faz uma avaliação positiva dos avanços do sistema de saúde no país nesses dez anos de vigor do ECA (Estatuto da Infância e Adolescência).
Segundo ele, as medidas adotadas até agora reduziram a mortalidade infantil no país e pelo menos 60 mil crianças foram salvas entre os anos de 94 e 99.
O ministério diz que também teria sido intensificado no país o tratamento de doenças como diarréias, responsáveis por cerca de 8% das causas de morte de bebês no primeiro ano de vida.
As doenças infecciosas, respiratórias e nutricionais representavam há dez anos 34% das causas de mortes de crianças de até 5 anos no Brasil, índice que havia sido reduzido para 23% em 1997, segundo Duarte.
(ARI CIPOLA)


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