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Programa combate violência sexual
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
E FREE-LANCE PARA A FOLHA
O governo calcula em 20 mil o
número de crianças e adolescentes vítimas de prostituição e outras formas de violência sexual no
Brasil. Esse é o alvo do programa
de combate ao abuso e à exploração sexual lançado ontem.
Até o final do ano, a Secretaria
de Estado de Assistência Social vai
investir R$ 6 milhões em projetos
que serão tocados por Estados,
municípios e organizações não-governamentais. As instituições
receberão R$ 50 mensais por
criança ou adolescente atendido.
Um dos objetivos do programa
é estabelecer um diagnóstico mais
preciso da prostituição infantil.
"Esse é um fenômeno que frequentemente se põe debaixo do
tapete. Não há dados precisos",
avaliou ontem a secretária Wanda
Engel Aduan.
Segundo ela, o governo ainda
procura a melhor forma de combater a prostituição infantil.
Até o final do ano, o dinheiro
poderá ser usado para a prestação
de serviços de saúde, educação,
justiça, segurança, esporte, lazer e
cultura. As famílias de crianças vítimas de violência também poderão ter acesso a programas de
qualificação profissional e de geração de renda.
O presidente Fernando Henrique Cardoso destacou, ontem, no
programa semanal de rádio "Palavra do Presidente", o programa
da secretaria.
"Na medida em que a economia
vai recuperando forças, nós vamos injetando mais recursos nos
programas sociais. O orçamento
do Fundo Nacional de Assistência
Social passou de R$ 1,2 bilhão em
1997 para R$ 3 bilhões neste ano",
afirmou.
Trabalho infantil
Fernando Henrique Cardoso
lembrou no programa a comemoração dos dez anos do Estatuto
da Criança e do Adolescente.
"A inclusão de mais de 217 mil
crianças no Programa de Erradicação do Trabalho Infantil neste
ano é a melhor notícia que temos
às vésperas do décimo aniversário
do Estatuto da Criança e do Adolescente", afirmou. O presidente
disse que, até dezembro, 362 mil
crianças terão trocado o trabalho
pela escola.
O Programa de Erradicação do
Trabalho Infantil foi criado em
1996. A família que adere ao programa recebe uma ajuda financeira para compensar a renda que os
filhos levavam para casa quando
estavam trabalhando. Os pais assumem o compromisso de manter as crianças na escola.
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