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São Paulo, sexta-feira, 12 de setembro de 2003

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Missa para traficante tem tumulto e prisão

Felipe Varanda/Folha Imagem
Amigos e familiares de Uê durante a missa de 1 ano da sua morte


DA SUCURSAL DO RIO

A família de Ernaldo Pinto de Medeiros, o Uê, realizou ontem de manhã uma missa na igreja da Candelária (centro do Rio) para lembrar um ano da morte do traficante, na rebelião supostamente comandada por Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, no presídio Bangu 1 (zona oeste), em 11 de setembro de 2002.
A Candelária abriga até 600 fiéis, mas só 40 pessoas foram à tensa missa. Antes do início da cerimônia, parentes de Uê se revoltaram com a presença dos jornalistas. Aos gritos de "respeitem a nossa família", agrediram cinegrafistas e fotógrafos com chutes e pontapés. Houve correria e pânico, e um banco foi virado.
A PM, que policiava o lado de fora, não interveio. Cinco parentes de Uê esconderam o rosto para não serem filmados por PMs do serviço de inteligência.
Na saída, Alan da Silva Soares, 23, foi preso, acusado de apologia ao tráfico por usar camiseta com as frases "Saudade eterna do nosso mano Uê" e "Serás para sempre nosso general". Na delegacia, disse ter ganho a camisa de amigos de um filho de Uê, Diego.
Georgina Pinto de Medeiros, 58, mãe de Uê, defendeu pena de morte para os assassinos.


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