da Sucursal do Rio

A dona-de-casa Mônica Luz Menezes Rios, 30, foi executada ontem de manhã com dois tiros em sua casa, na Ilha do Governador (zona norte do Rio).
Por volta das 10h, dois homens armados e se dizendo policiais invadiram a casa de Mônica. Um deles ficou de guarda na porta, e o outro, apesar dos protestos da empregada que o atendeu, foi direto até o quarto de Mônica.
Ela estava na cama com a filha de 2 anos. Segundo relato da empregada à polícia, o falso policial tirou a menina do quarto e mandou que ela ficasse com a criança.
Mônica foi morta ainda deitada, de camisola. Também segundo o testemunho da empregada, o homem disse a Mônica: "Você sabe quem matou seu irmão e também vai morrer". Depois atirou.
A empregada e a criança ouviram os disparos.Também estavam na casa os pais de Mônica e mais uma empregada.
O irmão de Mônica, Kleiton, foi morto há dois anos no morro do Boogie-Woogie, na Ilha, em circunstâncias ainda não explicadas pela família à polícia.
Depois de atirar em Mônica, o homem teria corrido até a porta e fugido junto com o cúmplice. Nada foi roubado. A polícia investiga as hipóteses de vingança e queima de arquivo.
Segundo a polícia, Mônica já comentara com o marido, Jair Jorge Fernandes da Costa, que sabia quem era o assassino do irmão. Costa, dono de uma concessionária de automóveis e de um lava-jato, não estava em casa ontem.
Três dias antes do crime, o filho mais velho de Mônica, de 13 anos, e alguns vizinhos afirmaram ter visto três homens rondando a casa num Gol. Abordados pelo vizinho, eles teriam dito que estavam esperando amigas.
Com base no depoimento da empregada, foi feito um retrato falado dos dois falsos policiais que invadiram a casa. O filho de Mônica reconheceu-os como os dois homens que estavam no Gol.
Segundo o depoimento de Costa na delegacia, Mônica também estava recebendo telefonemas anônimos. Um "admirador" afirmava que os dois iriam se encontrar em breve. (FERNANDA DA ESCÓSSIA)


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