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PEDOFILIA
Rede de pornografia infantil atuava em três Estados brasileiros e na Itália
Polícia usa grampo na Internet
ALESSANDRO SILVA
da Reportagem Local
A polícia paulista usou pela primeira vez uma ordem judicial para grampear um e-mail e desvendar uma rede de distribuição de
pornografia infantil na Internet.
O grampo mostrou que a rede
unia usuários dos Estados brasileiros de Santa Catarina, Rio de
Janeiro e São Paulo a computadores localizados na Itália.
Um empresário marroquino,
naturalizado brasileiro e que vive
em São Paulo, foi indiciado com
base no Estatuto da Criança e do
Adolescente e pode pegar até quatro anos de prisão.
Ele vai responder ao inquérito
em liberdade. O computador dele, apreendido pela polícia, será
examinado por peritos criminais.
A polícia paulista recebeu o nome do suspeito da Telefono Arcobaleno, instituição italiana que
fiscaliza casos de pedofilia na Internet e que enviou mais de uma
centena de fotos para o Brasil.
A polícia divulgou ter identificado os outros membros da rede de
pedofilia. Há sigilo nas investigações e nenhum nome foi revelado.
Segundo o delegado Mauro
Marcelo de Lima e Silva, que
coordenou as investigações em
São Paulo, foram interceptadas
fotos de crianças que aparentavam ter no máximo 3 anos de idade. Algumas apareciam algemadas e em cenas de atentado violento ao pudor.
O grampo funcionou durante
quatro meses no provedor onde o
suspeito tinha conta. Um programa interceptava os e-mails e conversas em salas de bate-papo dos
suspeitos nesse período, que se
identificavam como ""charmant"
e ""molhadinha".
A polícia procura agora os outros envolvidos no esquema.
De acordo com o delegado, parte das fotos que os brasileiros
mandaram para a Itália são supostamente de crianças brasileiras, mas que ainda não foram
identificadas.
O marroquino localizado pelos
policiais paulistas mora em um
condomínio de classe alta em São
Paulo, informou a polícia.
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