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TRÂNSITO
Nelson El Hage afirma que não foram problemas financeiros que impediram aceleração de julgamentos de recursos
Presidente da CET diz que vai criar 4 juntas
DA REPORTAGEM LOCAL
O presidente da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego),
Nelson Maluf El Hage afirma que,
até o mês que vem, mais quatro
Jaris serão instaladas na cidade de
São Paulo para evitar atrasos na
análise dos recursos.
Uma delas já começa a atuar
nesta semana. Com isso, haverá
18 Jaris e 108 julgadores.
Embora tenham autonomia de
decisão, as Jaris dependem da liberação de verbas da CET.
A companhia vem enfrentando
uma crise financeira por causa de
restrições orçamentárias. Neste
ano, dezenas de contratos de
prestação de serviços já foram
cancelados.
Apesar disso, El Hage afirma
que o fato de mais Jaris não terem
sido criadas nos últimos anos não
está relacionada a problemas financeiros. "Não tem nada a ver.
Eles (os julgadores) ganham um
salário simbólico. Não representam muitos gastos."
Nesse período, o coordenador
das Jaris, Archimedes Cassão Véras, solicitou pelo menos cinco
novas equipes para conseguir
atender à demanda crescente de
recursos interpostos.
O presidente da CET afirma que
só estava aguardando uma resolução do Denatran (Departamento Nacional de Trânsito), que estabeleceria novas normas para a
composição das Jaris.
"Ficamos esperando. Como não
saiu, resolvemos criar mais a partir de agora", diz.
Sobre a possibilidade de 50 mil
multas poderem ter direito a efeito suspensivo a partir do próximo
mês, ele afirma que ainda não tem
como se manifestar. "Eu preciso
ver com o meu (departamento)
jurídico para decidir como vamos
resolver esse problema", diz.
Orçamento
El Hage minimiza as denúncias
feitas por funcionários da CET
desde o mês passado de que a situação financeira da empresa seria grave.
"É como a prefeitura inteira.
Não é só a CET. Está todo mundo
apertado por causa da Lei de Responsabilidade Fiscal", afirma.
Segundo ele, os contratos cancelados não eram fundamentais
para a organização trânsito. Ele
afirma que essas dificuldades não
terão reflexos para os motoristas
da capital.
"Isso está causando problema
na administração da empresa,
mas não no trânsito."
Para o presidente da CET, alguns contratos relativos à sinalização foram suspensos porque
podem ser dispensáveis por até
três meses.
Orçamento
El Hage evita falar sobre as condições econômica da CET, mas
admite que a previsão de gastos
estabelecida no Orçamento de
2001 enviado à Câmara Municipal
é insuficiente.
"Os R$ 140 milhões são pouco
dinheiro. Mas o valor ainda pode
aumentar", afirma.
De acordo com ele, a CET havia
solicitado R$ 260 milhões para cobrir as despesas previstas no ano
que vem. "É natural que haja alguma redução em relação ao que
foi pedido."
A verba de R$ 140 milhões estabelecida para 2001 não é suficiente
nem mesmo para pagar os funcionários da CET, cujos salários
ultrapassam R$ 160 milhões.
(ALENCAR IZIDORO)
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