São Paulo, domingo, 12 de novembro de 2000

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Taxista teve pedido indeferido

DA REPORTAGEM LOCAL

O taxista Osvaldo Dias da Silva, 51, sofreu as consequências da avaliação pouco cuidadosa dos recursos de multa pelas Jaris (Juntas Administrativas de Recursos de Infração). Mesmo tendo uma foto que comprova não ter sido o seu carro que excedeu a velocidade, ele teve o recurso indeferido e terá de pagar cerca de R$ 110 a mais se quiser licenciar o veículo.
Silva ficou surpreso ao receber a multa num dia em que não tinha sequer saído com o Monza de placa BYB-9515. Pagou cerca de R$ 3 pela foto do carro infrator e teve uma surpresa ainda maior.
"A placa na foto era BYB-8515 e era de um táxi", conta. Silva resolveu entrar com recurso pelo sindicato. Cerca de dois meses depois, veio o resultado: indeferido. "Não acreditei porque estava claro na foto que não era meu carro, não precisava de muita análise."
Para entrar com novo recurso e para renovar os documentos do carro, ele tem de pagar a multa.
O licenciamento venceu em julho, mas Silva diz que não vai pagar. "Se eu quitar a multa para licenciar o carro, depois não vejo mais a cor do meu dinheiro", diz.
O Monza está parado na garagem. Segundo Silva, não é tanto pelo valor da multa (cerca de R$ 110), mas pelo fato de estar comprovado que não cometeu a infração. "Além do dinheiro, perco cinco pontos na carteira e vou somar 17 pontos perdidos. Se tiver 20, tenho de parar de trabalhar."
"Eles não devem nem olhar os pedidos de recurso. Se fizessem isso, dava para ver que não fiz nada errado. É óbvio."




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