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São Paulo, quarta-feira, 12 de novembro de 2003

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LIANA FRIEDENBACH

Garota queria trabalhar em acampamentos

DA REPORTAGEM LOCAL

Uma das metas de Liana Friedenbach era ser monitora dos acampamentos realizados pela Chazit Hanoar -movimento juvenil judaico do qual participava.
"Ela queria muito ser monitora e professora de educação física", afirma Michelle Checter, 16, amiga de infância da jovem.
Na véspera da viagem do casal para Embu-Guaçu, Michelle passou 40 minutos com Liana ao telefone, tentando dissuadir a amiga de acampar sem avisar aos pais. "Disse que ela não devia viajar se escondendo, mas ela estava apaixonada", afirmou Michelle, que teve acesso a cartas de amor enviadas por Felipe a Liana.
"O amor deles era muito forte e muito intenso", afirma Natascha Evangelinellis, 17, que estudava com o casal no colégio São Luís. Segundo ela, Liana conversava com todos de forma doce e humilde. "Ela não ostentava o que tinha, era gente boa", disse a estudante.
Outra característica de Liana era a determinação. "Uma vez ela disse que colocaria um piercing. Fui contra, mas, mesmo assim, ela voltou um dia da rua com o piercing na orelha", disse anteontem o pai da jovem, Ari, antes do corpo de Liana ser encontrado anteontem na divisa de Embu-Guaçu e Juquitiba (Grande SP).
A adolescente gostava de ouvir rock pesado, mas, segundo Michelle, ainda conservava alguns gostos da infância, como a boneca Feijãozinho.
"Não sei como vai ser agora. Como vou chegar em casa e saber que não poderei nunca mais ligar para ela?"


Colaborou o "Agora"


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