São Paulo, sábado, 12 de novembro de 2005

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POLUIÇÃO NA AMAZÔNIA

Mancha está perto de central de captação de água

Óleo vaza de barco e polui o rio Negro

KÁTIA BRASIL
DA AGÊNCIA FOLHA, EM MANAUS

Uma mancha de óleo diesel de 4 km de extensão polui desde anteontem o rio Negro, em Manaus, em decorrência do vazamento de 15 mil litros do tanque de um rebocador naufragado.
O Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Renováveis) multou ontem em R$ 1,5 milhão a empresa JF de Oliveira Navegações por crime ambiental.
A companhia, que atua na zona portuária, estava com a licença ambiental atrasada e não tinha um plano emergencial para acidentes ambientais.
Segundo o gerente administrativo da empresa JF de Oliveira Navegações, Jean Bergson Lacet de Oliveira, o acidente aconteceu quando trabalhadores tentavam içar o rebocador, que havia afundado na segunda-feira, próximo ao porto do Chibatão.
"Ao içar o rebocador, rompeu um cabo da tubulação e o óleo passou a vazar. Imediatamente relatamos o acidente às autoridades ambientais", diz Oliveira.
Ele afirmou que a empresa contratou 60 homens para pôr barreiras de contenção e equipamentos que suguem a mancha de óleo sobre o rio Negro.
Jean de Oliveira disse ainda que alguns técnicos envolvidos na operação são do 6º CDA (Centro de Defesa Ambiental) da Petrobras, em Manaus, especializados em situações de acidentes ambientais.
O gerente de fiscalização do Ibama Adilson Cordeiro considerou o acidente tão grave quanto o ocorrido em 1999, quando um duto submerso da Petrobras rompeu, derramando 70 mil litros de óleo no igarapé do Cururu, que deságua no Negro.
"É grave pelo tipo de material derramado e pela área abrangida, que impacta a fauna aquática," disse Cordeiro.


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