São Paulo, sábado, 12 de novembro de 2005

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SAÚDE

Número é inferior às 34 notificações registradas no ano passado no Estado; doença matou 13 pessoas em 2005

Vigilância confirma 21 casos de febre maculosa em SP

DO "AGORA"
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA

A Secretaria de Estado da Saúde confirmou ontem, por meio do Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE), cinco novos casos de febre maculosa no Estado. Com o anúncio, sobem para 21 as pessoas contaminadas pela doença nas cidades paulistas neste ano.
Uma 22ª ocorrência voltou à análise das autoridades da Saúde para confirmar o local de contaminação (se for concluído que a doença foi contraída em outro Estado, não entra para as estatísticas oficiais do governo paulista).
As informações do CVE foram obtidas após a reunião das notificações enviadas pelos municípios nos últimos meses, segundo a nota divulgada pela secretaria.
Nas últimas semanas, porém, vieram à tona diversas suspeitas de novas ocorrências de febre maculosa, também conhecida como "febre do carrapato", no Estado.
Nos 21 casos confirmados em 2005, ocorreram 13 mortes, entre elas cinco em Piracicaba (162 km de SP), duas em São Paulo e outras duas em Santo André (ABC).
As confirmações de 2005 são inferiores às do ano passado, quando foram registrados 34 casos de maculosa em todo o Estado.
O resultado do exame sorológico que vai definir se Edna Monteiro, 43, contraiu febre maculosa só sairá na próxima semana, segundo o Instituto Adolfo Lutz. Edna é mãe de Luana, 12, segunda vítima fatal da febre do carrapato neste ano na capital. Edna está internada com suspeita da doença.
Segundo a Secretaria Municipal da Saúde, Edna está sendo medicada com antibióticos. Não há previsão de alta. Hoje, agentes de saúde darão orientações na área onde mora a família.

Paraná
A Secretaria da Saúde do Paraná confirmou ontem um caso de febre maculosa registrado em Curitiba, em agosto deste ano. A pessoa infectada, um homem de 47 anos, foi diagnosticada e tratada e se curou da doença.
Segundo a secretaria, apesar de o homem morar em Curitiba, a infecção ocorreu em haras de São José dos Pinhais, na região metropolitana, onde ele trabalhava. Os sintomas apresentados foram leves e ele foi medicado a tempo.
O diretor do Centro de Saúde Ambiental do Estado, Natal Jataí de Camargo, disse que médicos e técnicos das 22 regionais de saúde estão em treinamento ""para diagnosticar com rapidez não só a febre maculosa, mas um grupo de doenças com sintomas iniciais semelhantes, como malária, dengue, febre tifóide, leptospirose, hantavirose, hepatites virais e febre purpúrica brasileira [que provoca manchas na pele]".
O médico sanitarista disse considerar a informação ""de grande valia para a população poder fazer a prevenção dessas doenças". A educação em saúde no caso da maculosa, segundo ele, deve começar pela limpeza dos animais com carrapaticidas.
A Divisão de Controle de Doenças Transmitidas por Vetores não tem notificação de outros casos de maculosa no Estado. O Paraná não é considerado área endêmica.
Os técnicos não descartam a possibilidade da ocorrência de mais casos, que podem ter recebido diagnóstico das doenças com sintomas assemelhados.


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