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SAÚDE
Número é inferior às 34 notificações registradas no ano passado no Estado; doença matou 13 pessoas em 2005
Vigilância confirma 21 casos de febre maculosa em SP
DO "AGORA"
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA
A Secretaria de Estado da Saúde
confirmou ontem, por meio do
Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE), cinco novos casos de
febre maculosa no Estado. Com o
anúncio, sobem para 21 as pessoas contaminadas pela doença
nas cidades paulistas neste ano.
Uma 22ª ocorrência voltou à
análise das autoridades da Saúde
para confirmar o local de contaminação (se for concluído que a
doença foi contraída em outro Estado, não entra para as estatísticas
oficiais do governo paulista).
As informações do CVE foram
obtidas após a reunião das notificações enviadas pelos municípios
nos últimos meses, segundo a nota divulgada pela secretaria.
Nas últimas semanas, porém,
vieram à tona diversas suspeitas
de novas ocorrências de febre maculosa, também conhecida como
"febre do carrapato", no Estado.
Nos 21 casos confirmados em
2005, ocorreram 13 mortes, entre
elas cinco em Piracicaba (162 km
de SP), duas em São Paulo e outras duas em Santo André (ABC).
As confirmações de 2005 são inferiores às do ano passado, quando foram registrados 34 casos de
maculosa em todo o Estado.
O resultado do exame sorológico que vai definir se Edna Monteiro, 43, contraiu febre maculosa só
sairá na próxima semana, segundo o Instituto Adolfo Lutz. Edna é
mãe de Luana, 12, segunda vítima
fatal da febre do carrapato neste
ano na capital. Edna está internada com suspeita da doença.
Segundo a Secretaria Municipal
da Saúde, Edna está sendo medicada com antibióticos. Não há
previsão de alta. Hoje, agentes de
saúde darão orientações na área
onde mora a família.
Paraná
A Secretaria da Saúde do Paraná
confirmou ontem um caso de febre maculosa registrado em Curitiba, em agosto deste ano. A pessoa infectada, um homem de 47
anos, foi diagnosticada e tratada e
se curou da doença.
Segundo a secretaria, apesar de
o homem morar em Curitiba, a
infecção ocorreu em haras de São
José dos Pinhais, na região metropolitana, onde ele trabalhava. Os
sintomas apresentados foram leves e ele foi medicado a tempo.
O diretor do Centro de Saúde
Ambiental do Estado, Natal Jataí
de Camargo, disse que médicos e
técnicos das 22 regionais de saúde
estão em treinamento ""para diagnosticar com rapidez não só a febre maculosa, mas um grupo de
doenças com sintomas iniciais semelhantes, como malária, dengue, febre tifóide, leptospirose,
hantavirose, hepatites virais e febre purpúrica brasileira [que provoca manchas na pele]".
O médico sanitarista disse considerar a informação ""de grande
valia para a população poder fazer
a prevenção dessas doenças". A
educação em saúde no caso da
maculosa, segundo ele, deve começar pela limpeza dos animais
com carrapaticidas.
A Divisão de Controle de Doenças Transmitidas por Vetores não
tem notificação de outros casos
de maculosa no Estado. O Paraná
não é considerado área endêmica.
Os técnicos não descartam a
possibilidade da ocorrência de
mais casos, que podem ter recebido diagnóstico das doenças com
sintomas assemelhados.
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