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Kassab desiste de exigir curso para docente ser promovido
Câmara aprovou plano de reestruturação da carreira, que segue para sanção do prefeito
Após críticas, governo retirou da proposta a exigência de o professor ter acumular cursos de atualização
para evoluir na carreira
FÁBIO TAKAHASHI
ROGÉRIO PAGNAN
DA REPORTAGEM LOCAL
A Câmara aprovou ontem,
em votação final, o plano de
reestruturação da carreira dos
profissionais da educação da
Prefeitura de São Paulo. Após
críticas dos sindicatos da categoria e da oposição, o governo
decidiu retirar a exigência de o
docente ter de acumular títulos
na evolução na carreira, prevista na proposta original.
O projeto substitutivo foi
aprovado no final da noite, por
34 a 14. A bancada do PT e os
vereadores Eliseu Gabriel
(PSB) e Aurélio Miguel (PR) votaram contra. A lei agora precisa da sanção do prefeito Gilberto Kassab (DEM).
Na proposta original enviada
por Kassab, antecipada pela
Folha no mês passado, os professores seriam obrigados a
atender a critérios de tempo e
de titulação (como cursos de
pós-graduação ou extensão)
para evoluírem na carreira. Cada subida de patamar equivale
a 6,5% de aumento salarial.
A prefeitura afirmava que a
intenção era incentivar a formação dos educadores. Já as
entidades da categoria diziam
que a medida dificultaria a evolução salarial dos servidores.
Com o impasse, o governo
decidiu manter os critérios como são atualmente: o professor
pode escolher uma tabela que
considera apenas o tempo na
rede; ou apenas os títulos; ou os
dois fatores combinados.
"Mas queremos que a evolução seja mais lenta para aqueles que escolherem apenas um
dos dois fatores", afirmou o secretário de Educação, Alexandre Schneider.
Provão
Foi mantida da proposta original do Executivo a criação de
um provão para os professores.
A intenção da prefeitura com o
exame é direcionar seus cursos
de capacitação com base nesses
resultados.
A participação na prova, que
será anual e voluntária, contará
para a evolução na carreira.
Não influenciará, porém, o desempenho do servidor.
Também foram aprovados
um sistema de avaliação que
contabilizará indicadores como assiduidade para o pagamento de gratificação; ampliação da jornada mínima de 20
para 30 horas semanais; e fixação de todos os professores nas
escolas (hoje alguns mudam de
unidade com base em decisão
das coordenadorias).
O projeto não contemplou a
incorporação de gratificações,
que Kassab afirma que analisará em 2008, ano eleitoral.
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