São Paulo, domingo, 13 de fevereiro de 2000


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Passista se queixa de oportunistas

da Sucursal do Rio

Os integrantes das escolas, que trabalham o ano inteiro para o Carnaval, criticam os artistas por sua falta de envolvimento com o cotidiano das agremiações. Na Beija Flor, Suzana Alves, a Tiazinha, protagonizou uma cena que traduz esta distância.
Depois de sambar no camarote da diretoria por quase uma hora, a modelo desceu para o salão cercada por seguranças. No meio da multidão, estava a normalista Charlene Valnice, 17, passista mirim da escola.
Suzana ouviu os pedidos da passista e sambou com ela por alguns segundos, mas foi retirada em seguida pelos seguranças. "A Tiazinha samba direitinho, mas não como nós", conta Charlene. Ela reclama da presença de artistas oportunistas durante o Carnaval, mas evita qualificar Tiazinha, de quem é fã, como tal. "Esses artistas já aparecem na TV o ano todo. Poderiam deixar o Carnaval para nós, que somos da comunidade e ralamos para fazer aquele espetáculo acontecer."
Charlene acompanhou a escolha do samba-enredo durante o segundo semestre de 1999. Suzana decorou a letra usando outro método. "Comprei o CD com os sambas", diz a modelo.
Charlene quer seguir uma carreira diferente daquela que Tiazinha escolheu. "Adoro o trabalho com crianças, é por isso que continuo na ala mirim da Beija-Flor, sou a mais velha de lá. Não penso em carreira artística. Quero fazer concurso para o magistério e me tornar professora primária."


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