|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
FAVELA NAVAL
Saída foi usar gravação de depoimento dado em 98
Testemunha de acusação falta ao novo julgamento de Rambo
da Reportagem Local
O Ministério Público foi obrigado a apresentar um depoimento
gravado ontem, no terceiro dia de
julgamento do ex-policial militar
Otávio Lourenço Gambra, o
Rambo. Os promotores desistiram de usar como testemunha de
acusação o músico Silvio Calixto,
uma das vítimas espancadas por
PMs durante blitze realizadas na
favela Naval, em Diadema, em 97.
Apesar de ser convocado para
prestar depoimento no novo julgamento de Rambo, o músico
não foi localizado ontem. A solução encontrada pelo Ministério
Público foi solicitar a projeção do
depoimento dado por Calixto no
primeiro julgamento de Gambra
(outubro de 98).
Rambo e mais nove ex-policiais
foram flagrados por um cinegrafista amador espancando e atirando contra civis em blitze realizadas na favela Naval.
Em 99, Gambra foi condenado a
65 anos de prisão por abuso de
autoridade, assassinato e por três
tentativas de assassinato, entre
elas a do músico Silvio Calixto,
que afirmou no seu depoimento
gravado que foi espancado por
policiais no dia 3 de março.
Quatro dias depois, o conferente Mário José Josino foi morto
com um tiro no mesmo lugar.
Laudos do Instituto de Criminalística (IC) e da Unicamp apontaram que a bala que matou Josino
foi disparada por Gambra, que
usava irregularmente uma pistola
semi-automática, sem registro.
O julgamento, no entanto, foi
anulado pelo Tribunal de Justiça.
A juíza Cláudia Maria Carbonari de Faria, que preside o júri popular, afirmou que a ausência de
Calixto não prejudicará o novo
julgamento de Rambo.
Texto Anterior: Crime: Justiça pode soltar parte dos acusados de matar adestrador Próximo Texto: Telefonia: Justiça de SP multa Telefônica e Embratel em R$ 30 milhões Índice
|