São Paulo, quinta-feira, 13 de abril de 2000


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FAVELA NAVAL
Saída foi usar gravação de depoimento dado em 98
Testemunha de acusação falta ao novo julgamento de Rambo

da Reportagem Local

O Ministério Público foi obrigado a apresentar um depoimento gravado ontem, no terceiro dia de julgamento do ex-policial militar Otávio Lourenço Gambra, o Rambo. Os promotores desistiram de usar como testemunha de acusação o músico Silvio Calixto, uma das vítimas espancadas por PMs durante blitze realizadas na favela Naval, em Diadema, em 97.
Apesar de ser convocado para prestar depoimento no novo julgamento de Rambo, o músico não foi localizado ontem. A solução encontrada pelo Ministério Público foi solicitar a projeção do depoimento dado por Calixto no primeiro julgamento de Gambra (outubro de 98).
Rambo e mais nove ex-policiais foram flagrados por um cinegrafista amador espancando e atirando contra civis em blitze realizadas na favela Naval.
Em 99, Gambra foi condenado a 65 anos de prisão por abuso de autoridade, assassinato e por três tentativas de assassinato, entre elas a do músico Silvio Calixto, que afirmou no seu depoimento gravado que foi espancado por policiais no dia 3 de março.
Quatro dias depois, o conferente Mário José Josino foi morto com um tiro no mesmo lugar. Laudos do Instituto de Criminalística (IC) e da Unicamp apontaram que a bala que matou Josino foi disparada por Gambra, que usava irregularmente uma pistola semi-automática, sem registro.
O julgamento, no entanto, foi anulado pelo Tribunal de Justiça.
A juíza Cláudia Maria Carbonari de Faria, que preside o júri popular, afirmou que a ausência de Calixto não prejudicará o novo julgamento de Rambo.


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