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Empresa reafirma que poluentes não deixaram unidade
DA REPORTAGEM LOCAL
Apesar de a presença de
contaminantes nas águas
subterrâneas da área residencial da Vila Carioca estar
atestada em relatório da
Geoclock, a Shell continua
sustentando que a poluição
ficou restrita à sua unidade.
"Foram feitas análises de
solos em alguns pontos fora
da base e nada foi detectado.
Os resultados permitiram
concluir que as borras ficaram restritas ao local", diz a
empresa em resposta a pergunta enviada por e-mail,
questionando sobre a contaminação da água, não do solo, e deixando claro que os
dados eram "oficiais".
A Shell também não confirma ter enterrado borras
de drins na antiga área social
da unidade, apesar de dizer
que "lá foram encontradas
borras oleosas, isoladas do
contato humano e que não
atingiram o lençol freático".
Por entender que não há
risco para a população, a
Shell reitera que não pretende fazer exames de saúde e
sustenta que vem agindo "de
forma clara, transparente e
responsável tanto frente às
autoridades, como frente à
mídia e à comunidade".
Não é o que dizem os moradores. Segundo eles, a empresa não os procurou para
esclarecer o problema. A
Shell também não foi à reunião convocada na semana
passada pela comunidade.
Alegou que sabia do encontro, mas não havia sido formalmente convidada.
O dado sobre as concentrações dos poluentes encontrados na base da Vila
Carioca havia sido requisitado pela Folha à empresa no
dia 23 de abril, mas nunca foi
informado pela Shell.
A empresa diz, porém, que
os trabalhos de descontaminação da área já estão sendo
concluídos, com o "rastreamento mais detalhado de todos os locais, para verificar se, efetivamente, tudo já foi removido e para que se possa iniciar a impermeabilização da área".(MV)
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