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Estudantes do Rio planejam
protesto contra exame
free-lance para a Folha
A UEE (União Estadual dos Estudantes) do Rio de Janeiro está
orientando os estudantes que participarão do provão de hoje a vestir
preto em sinal de protesto contra o
exame.
Dirigentes da entidade distribuirão questionários nos locais de
prova pedindo aos universitários
que classifiquem com notas o provão, o Ministério da Educação, a
instituição em que estudam e o ministro Paulo Renato Souza.
De acordo com a UEE, a adesão
ao boicote no Estado do Rio foi de
50% nos dois primeiros anos do
provão (96 e 97) e, no ano passado,
não superou os 23%.
Apesar disso, a avaliação da
coordenadora da UEE, Fabiana
Pinto, é que a polêmica ainda não
está ultrapassada.
"O provão garante o sigilo da nota, mas muitas empresas hoje querem saber a nota do aluno antes de
contratá-lo. Isso prova que o exame está sendo usado para fins que
não deveria ter", diz.
Advogados
Até o final do mês, 16 conselheiros da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) no Rio estarão discutindo pela segunda vez a possibilidade de utilizar a nota do provão no exame de admissão à entidade.
Duas comissões estão avaliando
o tema: a de ensino jurídico e a de
estágio e exame. Até agora, porém,
não houve entendimento.
Na opinião do presidente da comissão de estágio, conselheiro Ronald Alexandrino, os dois exames
-o da Ordem e o do MEC- têm
finalidades diferentes.
"O nosso objetivo é saber se o bacharel está em condições de exercer a profissão, o deles é de avaliação acadêmica", diz Alexandrino.
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