São Paulo, Domingo, 13 de Junho de 1999
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Estudantes do Rio planejam
protesto contra exame

free-lance para a Folha

A UEE (União Estadual dos Estudantes) do Rio de Janeiro está orientando os estudantes que participarão do provão de hoje a vestir preto em sinal de protesto contra o exame.
Dirigentes da entidade distribuirão questionários nos locais de prova pedindo aos universitários que classifiquem com notas o provão, o Ministério da Educação, a instituição em que estudam e o ministro Paulo Renato Souza.
De acordo com a UEE, a adesão ao boicote no Estado do Rio foi de 50% nos dois primeiros anos do provão (96 e 97) e, no ano passado, não superou os 23%.
Apesar disso, a avaliação da coordenadora da UEE, Fabiana Pinto, é que a polêmica ainda não está ultrapassada.
"O provão garante o sigilo da nota, mas muitas empresas hoje querem saber a nota do aluno antes de contratá-lo. Isso prova que o exame está sendo usado para fins que não deveria ter", diz.

Advogados
Até o final do mês, 16 conselheiros da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) no Rio estarão discutindo pela segunda vez a possibilidade de utilizar a nota do provão no exame de admissão à entidade.
Duas comissões estão avaliando o tema: a de ensino jurídico e a de estágio e exame. Até agora, porém, não houve entendimento.
Na opinião do presidente da comissão de estágio, conselheiro Ronald Alexandrino, os dois exames -o da Ordem e o do MEC- têm finalidades diferentes.
"O nosso objetivo é saber se o bacharel está em condições de exercer a profissão, o deles é de avaliação acadêmica", diz Alexandrino.


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