São Paulo, quarta-feira, 13 de julho de 2005

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Ministro teme faltar remédio

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Cinco meses após a falta do medicamento AZT, destinado a pacientes com Aids, em alguns Estados, a rede pública corre novamente o risco de desabastecimento. Desta vez, há possibilidade de faltarem três remédios -estavudina, DDI e nevirapina- daqui a duas semanas caso os estoques não sejam repostos.
Centros estaduais de distribuição de medicamentos para pacientes com Aids já receberam também um comunicado para que troquem o ritonavir, em falta nos estoques, por lopinavir.
O problema foi levado ontem ao ministro da Saúde, Saraiva Felipe, que pretende reunir a equipe para discutir saída emergencial.
Os motivos apontados para o risco de desabastecimento de remédios para Aids são a demora no trâmite de compra, a falta de aprovação de uma verba suplementar de R$ 400 milhões e o atraso no cronograma de entrega por laboratórios oficiais.
O Ministério da Saúde prevê gastar neste ano cerca de R$ 950 milhões com a compra de medicamentos para Aids, mas apenas R$ 550 milhões haviam sido aprovados no início do ano.
O restante virá de verba suplementar, que depende de aprovação do Congresso. "Se for necessário, conversarei pessoalmente com os parlamentares para tentar agilizar a liberação dos recursos", afirmou o ministro.
A meta é chegar a 170 mil pacientes no programa com anti-retrovirais até o fim do ano.
Em fevereiro, alguns Estados, principalmente São Paulo (com o maior número de pacientes), vinham registrando falta localizada de anti-retrovirais produzidos a partir do AZT. O problema se agravou na segunda quinzena, quando pacientes ficaram sem medicamento. O ministério atribuía a falta ao atraso na importação de matéria-prima. (LC)


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