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Ministro teme faltar remédio
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Cinco meses após a falta do medicamento AZT, destinado a pacientes com Aids, em alguns Estados, a rede pública corre novamente o risco de desabastecimento. Desta vez, há possibilidade de
faltarem três remédios -estavudina, DDI e nevirapina- daqui a
duas semanas caso os estoques
não sejam repostos.
Centros estaduais de distribuição de medicamentos para pacientes com Aids já receberam
também um comunicado para
que troquem o ritonavir, em falta
nos estoques, por lopinavir.
O problema foi levado ontem ao
ministro da Saúde, Saraiva Felipe,
que pretende reunir a equipe para
discutir saída emergencial.
Os motivos apontados para o
risco de desabastecimento de remédios para Aids são a demora
no trâmite de compra, a falta de
aprovação de uma verba suplementar de R$ 400 milhões e o
atraso no cronograma de entrega
por laboratórios oficiais.
O Ministério da Saúde prevê
gastar neste ano cerca de R$ 950
milhões com a compra de medicamentos para Aids, mas apenas
R$ 550 milhões haviam sido aprovados no início do ano.
O restante virá de verba suplementar, que depende de aprovação do Congresso. "Se for necessário, conversarei pessoalmente
com os parlamentares para tentar
agilizar a liberação dos recursos",
afirmou o ministro.
A meta é chegar a 170 mil pacientes no programa com anti-retrovirais até o fim do ano.
Em fevereiro, alguns Estados,
principalmente São Paulo (com o
maior número de pacientes), vinham registrando falta localizada
de anti-retrovirais produzidos a
partir do AZT. O problema se
agravou na segunda quinzena,
quando pacientes ficaram sem
medicamento. O ministério atribuía a falta ao atraso na importação de matéria-prima.
(LC)
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