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"CASA DE FERREIRO..."
Obstetra se sente humilhado em UTI
da Reportagem Local
A sensação do ginecologista
Waldir Mesquita, 51, ao acordar na UTI, depois do infarto,
foi de humilhação.
"Quando acordei, estava
desnudo, com um lençol por
cima. Você se sente humilhado. É um ambiente onde você
se sente completamente só."
O médico, que é também
presidente do CFM (Conselho
Federal de Medicina), diz que a
principal causa do seu infarto,
há quatro anos, foi o estresse.
"O obstetra se submete a um
estresse muito grande a cada
parto. Precisamos não só fazer
nascer alguém com vida, mas
também com saúde perfeita."
Mesquita conta que trabalhava de 18 a 20 horas por dia em
pelo menos 15 dias do mês,
mas o infarto aconteceu enquanto ele corria com amigos.
O atendimento rápido fez
com que não tivesse sequelas.
Hoje, ele corre 10 quilômetros
por dia seis vezes por semana,
e faz exames regulares.
Mas Mesquita ainda precisa
acabar com uma "infração"
cometida também por 66% dos
médicos entrevistados para a
pesquisa feita no Incor.
Ele voltou a fumar depois de
dois anos de abstinência. "Logo depois que você sofre o infarto, é fácil parar. Mas, conforme esquece o trauma, acaba
voltando", diz.
(MGs)
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